Santos - Rincón e Edmundo, que não participaram da derrota para o Coritiba, domingo, porque estavam suspensos, chegaram atrasados para treinar nesta segunda-feira, na Vila Belmiro. Eles ficaram presos no congestionamento do Sistema Anchieta-Imigrantes. Por causa disso, ambos os jogadores só chegaram às 17h30 na Vila, quando o treino estavam em pleno desenvolvimento.
Atrasos à parte, o Santos tem que fazer nesta quarta-feira contra a Portuguesa de Desportos, na Vila, o que não faz há 46 dias: vencer. Esta é a única alternativa para o time continuar tendo chances de chegar à próxima fase. Depois de sete partidas sem vitória, complicou a situação ao despencar para a 18ª colocação e enfrenta a Portuguesa num jogo que pode ser fatal para as duas equipes. Fora isso, terá que bater ainda Guarani, Sport e Botafogo para ficar com a vaga para a próxima fase.
Depois da nova derrota, domingo para o Coritiba, os jogadores se apresentaram nesta segunda-feira à tarde para um treino físico. O técnico Carlos Alberto Silva passou pelos repórteres, mas negou-se a falar antes do treino. "O treinamento começa às 5 horas, fico meia hora aqui para a palavrinha que vocês querem e atrapalha tudo", disse ele, às 16h50.
O time - Precisando vencer as quatro partidas que restam nesta fase, o Santos terá amanhã contra a Portuguesa a volta de Rincón e Edmundo, que cumpriram suspensão automática, mas perderá o zagueiro Sangaletti, que levou o quinto cartão amarelo e está suspenso. Parreira não terá problemas para escalar a equipe, na medida em que esse jogador estava no banco e só voltou ao time para substituir Rincón.
Depois do treino, Dodô comentou que "cada vez está ficando mais difícil conseguir a vaga e o Santos precisa vencer as quatro partidas, não há outra coisa a fazer". Ele atribuiu a derrota de domingo à falta de sorte e lamentou: "o time criou várias situações de gol, mas a bola, caprichosamente, não entrou, preferindo bater na trave".
Desmanche - Os diretores do Santos evitaram também entrevistas nesta segunda-feira. Eles procuram uma justificativa para a situação do time que, apesar do investimento milionário feito este ano, está na vexatória 18ª posição, praticamente fora da Copa João Havelange.
Diante desse quadro delicado, o programa para 2001 começa a ser discutido e a equipe atual poderá sofrer um desmanche. Com gastos da ordem de R$ 3,5 milhões mensais só na folha de pagamento, a diretoria já teve que demitir este ano dois treinadores - Carlos Alberto Silva e Giba - por pressão direta dos jogadores. Como a parceria acabou não saindo e o fôlego financeiro está no fim, jogadores como Carlos Germano, Rincón, Edmundo, Valdo, Dodô e Caio podem deixar a Vila Belmiro, abrindo espaço para a promoção de jogadores mais jovens e muito mais baratos.