Rio - O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva
(TJD) Herman Seixal afirmou que se a Procuradoria do TJD aceitar o pedido de
José Mauro do Couto, advogado do Palmeiras, para que novos exames sejam
feitos pelo meia Lopes, caberá ao clube paulista arcar com os custos dos
mesmos.
Herman não vai trabalhar neste caso, uma vez que o presidente do
TJD, Luiz Zveiter, deverá indicar Ferdinaldo Nascimento para atuar como
procurador. Os exames pedidos pelo advogado do jogador só serão realizados
se forem aceitos pela Procuradoria do TJD.
O exame antidoping realizado por Lopes depois do jogo contra o Atlético-MG,
pela Copa João Havelange, acusou a presença de cocaína no organismo do
atleta.
José Mauro do Couto quer que o jogador se submeta a um exame de DNA, para
verificar se a urina examinada é a dele, e um exame físico-químico, que
mostrará se a amostra examinada foi modificada ou não.
Perguntado sobre o futuro do caso, o presidente do Controle de Dopagem da
CBF, Tanus Jorge Nager, disse que a responsabilidade de julgar a questão
cabe ao TJD.
Ele lembrou que tanto a Comissão de Dopagem da CBF como o Ladetec,
laboratório que realizou o exame, deixaram de trabalhar no caso a partir do
momento que divulgaram o resultado da prova e contra-prova do exame.
Jari Nóbrega Cardoso, coordenador do Ladetec, disse que é impossível que
tenha existido violação do frasco contendo a urina jogador ou qualquer outro
tipo de sabotagem.
Ele contou que mais de 2.000 exames foram realizados pelo laboratório na
Copa João Havelange, sem que nenhum problema tenha acontecido.
Jari lembrou ainda que um médico do Palmeiras acompanhou o processo. “ Um médico do Palmeiras estava presente no dia que o material foi
recolhido. O médico do clube também esteve presente para verificar que o
frasco da contra-prova não foi violado. O material foi aberto na presença
deste médico”, afirmou Jari, lembrando que o Ladetec não faz exame de DNA e
apenas exame físico-químico.