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Luxemburgo chama Renata de “insana”
Quinta-feira, 09 Novembro de 2000, 20h15
Atualizada: Quinta-feira, 09 Novembro de 2000, 21h42

Rio - Ao comentar o depoimento da estudante de Direito Renata Carla Moura Alves, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, o ex-técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo a acusou de ser "insana". Mais uma vez, o treinador lembrou que a estudante não apresentou, no Senado, provas das denúncias, as quais garantiu que são falsas. Para ele, Renata foi uma das responsáveis pela sua saída da seleção.

Em certo momento, irritado, ele afirmou que a estudante está fazendo a imprensa de "idiota", com acusações infundadas.

"Chegou a hora de dar um basta porque essas coisas não podem ficar impunes", afirmou. Explicou que decidiu convocar uma entevista coletiva porque fazer acusações "no Senado é uma coisa muito séria". Para rebater as denúncias de Renata, Luxemburgo está movendo 11 processos contra a estudante e deve entrar com mais três por causa do depoimento na CPI do Futebol. Destes, nove são queixas-crimes e dois são por danos morais, que reinvindicam R$ 600 mil.

Sobre as acusações de Renata, Luxemburgo afirmou que seria impossível reunir 60 empresários em uma casa sem que ninguém ficasse sabendo. "Todo mundo sabe tudo no futebol", explicou. Informou que conhece o vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, assim como outras as pessoas ligadas ao futebol. A denúncia de que tem uma conta bancária nas Ilhas Cayman foi alvo de ironia do treinador. "Nem sei onde fica esse trem", brincou. Com as contas já devassadas, o treinador garantiu que todas as informações a respeito de sua vida estão disponíveis.

Apesar de ainda não ter sido convocado, Luxemburgo garantiu que vai a CPI se for chamado pelos parlamentares. Amanhã (10), o treinador irá depor na Justiça Federal, no centro do Rio, no processo que investiga a suspeita de sonegação fiscal. Ele está sendo investigado por falsidade ideológica na Polícia Federal.

Com tantos problemas, Luxemburgo só pretende voltar a trabalhar como treinador em janeiro, quando, segundo ele, vai tentar retornar a seleção. "No dia que deixar de pensar em dirigir o Brasil, acabo minha carreira."

Agência Estado


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