São Paulo - Três são as circunstâncias que tornam especial a partida contra a Colombia para o lateral-direito Cafu. Das cadeiras do estádio do Pacaembu, durante o treino técnico-tático de ontem, a primeira, e também a mais pitoresca, delas: “Cafu Pikachu! Cafu Pikachu!”, foi um dos insistentes coros da torcida paulista, fazendo alusão à semelhança do lateral com o personagem mais famoso do desenho animado japonês Pokémon.
Devidamente batizado com um novo apelido, Cafu "Pikachu" recebeu outra nova. Só que agora das estatísticas oficiais da CBF. Jogador que mais atuou pela Seleção dos 18 chamados por Leão, Cafu completa cem partidas amanhã no Morumbi, marca mais do que festejada pelo lateral-direito da Roma, da Itália.
“É muito especial e importante. Para você ver, fazer cem jogos para quem vem sempre sendo criticado dentro da Seleção não é fácil. Tenho personalidade, tenho caráter e vou continuar sempre à disposição da seleção”, disse Cafu, em recado direto aos críticos.
Há anos titular absoluto da lateral direita, Cafu é o décimo jogador a entrar na ala dos centenários, que comporta, entre outros, Taffarel, Pelé e o próprio Leão. Para alcançar o atual técnico da Seleção, aliás, Cafu precisa de mais cinco partidas, além do jogo contra a Colômbia.
“Estou bem, tranqüilo. Meu time também está bem no Campeonato Italiano e, se você está bem no seu time, a tendência é vir para seleção e apresentar um bom futebol. Um gol seria ótimo”, afirmou o Pikachu nacional.
Nos 99 jogos pela seleção, Cafu marcou cinco gols. A CBF não soma as oito partidas pela seleção olímpica realizadas pelo lateral.
Da entrevista coletiva do técnico Emerson Leão, o terceiro elemento para o caráter especial da ocasião. Na estréia do novo treinador da seleção, o lateral está prestes a continuar como capitão do time, função que herdou de Dunga há mais de dois anos. “Existem grandes chances para o Cafu ser o capitão”, disse Leão.