São Paulo - A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) resolveu inovar no controle disciplinar da Superliga, que começa domingo, em Belo Horizonte, com a partida entre Telemig Celular/Minas e Bunge/Barão. Inspirada em competições como a Copa do Mundo de Futebol, os jogadores, a partir de agora, serão suspensos por uma partida após serem advertidos pelo segundo cartão amarelo.
A nova determinação da CBV foi discutida hoje por técnicos e dirigentes dos cinco times - Telemig Celular/Minas, Bunge/Barão, Uneb, Palmeiras/Guarulhos e Três Corações/Vasco - que estão disputando a Taça Premium, na cidade mineira de Três Corações. Eles querem a reformulação da regra, considerada "excessivamente dura". O assunto deve ser discutido amanhã também pelos representantes do Banespa, Zip.Net/Suzano, Unisul e Ulbra, que estão disputando a Supercopa dos Campeões, na cidade catarinense de Tubarão.
Autoritária - "A regra é dura demais", comenta o técnico Marcos Lerbach, do Três Corações/Vasco, campeão mineiro e carioca desta temporada. "A lei dá um poder muito grande aos árbitros. É uma situação autoritária." Apesar dos protestos, o diretor de Vôlei de Quadra da CBV, Antônio Feitosa, garante que a regra não será mudada em nome da disciplina.
"O regulamento está definido desde a divulgação do calendário nacional e, como participantes do torneio, estão de acordo com a regra que prevê as penalidades automáticas", diz o dirigente. "Queremos uma disciplina rigorosa." Com a nova determinação, a CBV pretende valorizar o espetáculo. "O atleta tem de jogar bola e não reclamar", comenta. "Não reinventamos a roda com esta decisão, apenas adaptamos o que já existia em outros esportes."
Rodada - Os jogos de amanhã da Taça Premium: Bunge/Barão x Uneb e Telemig/Minas x Palmeiras/Guarulhos, a partir das 17h30, em Três Corações.