Porto Alegre - O Grêmio escala o que tem de melhor para tentar superar a Ponte Preta, a partir das 20h30min, no Estádio Olímpico, pelas oitavas-de-final da Copa João Havelange. Danrlei já não sente mais as dores na perna direita, Ronaldinho cumpriu a suspensão automática e o inchaço no tornozelo esquerdo de Zinho desapareceu.
Mas não seria por um tornozelo inchado que o capitão do Grêmio ficaria de fora deste jogo. Aos 33 anos, Zinho corre atrás de um recorde. Se tudo sair conforme seus planos, terminará a temporada como o jogador ainda em atividade com o maior número de títulos nacionais. Campeão em 1987 e 1992 pelo Flamengo e em 1993 e 1994 vestindo a camisa do Palmeiras, ele quer agora chegar ao penta para igualar-se a Andrade, ex-Flamengo, que já abandonou os gramados.
”Não falei para vocês que iria jogar?”, perguntou Zinho aos repórteres, ontem à tarde, depois de fazer várias voltas no campo, sob um sol de 30ºC, sem acusar qualquer dor.
Zinho cita algumas semelhanças para embasar sua confiança em mais um título. Em 1992, por exemplo, o Flamengo foi o último time a garantir a classificação e acabou campeão brasileiro. Por enquanto, o ponto em comum é a dificuldade que o Grêmio teve para assegurar uma das 12 vagas.
Outra semelhança: contratado pelo Palmeiras no final de 1992, Zinho viveu o início da parceria com a Parmalat, fundamental para que o clube passasse a enfileirar conquistas, entre elas a Libertadores da América.
”Este ano, cheguei ao Grêmio quando o clube associou-se a ISL. Pode ser um sinal – projeta.
Acostumado a envergar faixas, Zinho valoriza tanto o tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira, em 1994, nos Estados Unidos, quanto o título carioca de 1986, pelo Flamengo, seu primeiro como profissional. Foram tantas as conquistas que o meia nem lembra mais o número exato. Algo em torno de 20, estima.
Sua receita para parar o futebol veloz da Ponte Preta, esta noite, é a mesma do técnico Celso Roth e dos demais meio-campistas. O Grêmio projeta ocupar todos os espaços, deixando sempre um jogador na sobra, para evitar os contra-ataques mortais do adversário. Será meio caminho para garantir uma vitória. E um passo rumo a mais um título.