São Paulo - O São Paulo vai estrear neste sábado nas oitavas-de-final da Copa João Havelange, contra o Palmeiras, vivendo as mesmas incertezas e indefinições de 99, fatores que prejudicaram o desempenho da equipe nas fases finais do Brasileiro daquele ano.
Há um mês do fim da temporada, ninguém no clube sabe quem será o treinador em 2001 e os jogadores têm duvidas se permanecerão no elenco, depois do anúncio da política de contenção de gastos feito pelo presidente Paulo Amaral.
A grande incógnita é a permanência de Levir Culpi. Paulo Amaral afirmou ter interesse em mantê-lo no cargo e garantiu que iniciou a discussão da renovação de contrato com o procurador do técnico.
O procurador de Levir disse, porém, que ainda não recebeu nenhum contato para conversar sobre o assunto. "O que sei é que existe interesse na renovação", afirmou ele, que preferiu não ter o nome divulgado.
Embora não admita publicamente, Levir está aborrecido com a indefinição de seu futuro. No ano passado, ocorreu exatamente a mesma coisa com Paulo César Carpegiani. Irritado com a demora da diretoria, o técnico acertou com o Flamengo e deixou escapar a informação. O clima não poderia ficar pior em suas últimas semanas de trabalho.
Levir ainda não acertou com outros clubes, mas, em breve, deverá ser procurado por dirigentes do Atlético-PR ou mesmo do Sport, que perderão seus treinadores, Antônio Lopes e Émerson Leão, respectivamente, que se dedicarão apenas à seleção brasileira. As duas equipes já manifestaram interesse em tê-lo como técnico.
"O Atlético-PR me sondou no meio do ano, mas depois não houve mais contato", admitiu o treinador do São Paulo.
A mesma situação vive boa parte do elenco são-paulino. Pimentel, Beto e Marcelo Ramos (os dois últimos são titulares) terão o empréstimo do passe vencido em dezembro. O presidente do Tricolor manifestou interesse em ficar com os três, mas até agora não procurou os jogadores nem os donos de seus passes.