São Paulo - O Corinthians ainda não acertou a contratação do novo técnico, muito menos do gerente. Mas uma coisa é certa no Parque São Jorge. A linha dura será implantada no clube em 2001.
As mudanças não devem se limitar à troca da comissão técnica. Com a chegada do substituto de Candinho, cuja demissão foi anunciada quarta-feira, e do gerente de Futebol, a diretoria pretende ser enérgica com os atletas.
"Esse negócio de jogador ser dispensado do treino por qualquer motivo ou da programação das atividades do time ser alterada a todo momento vai acabar", avisa o vice-presidente de Futebol do Alvinegro, Antônio Roque Citadini.
Há um mês no cargo, o dirigente diz ter observado muitas coisas erradas. As liberações de jogadores dos treinos e o desrespeito aos horários estabelecidos eram comuns. Por isso, segundo ele, o atleta terá agora de se dedicar mais ao compromisso profissional.
Carlos Alberto Parreira continua sendo o mais cotado para substituir Candinho. O treinador deixou o Santos na terça-feira, mas continuava até esta quinta-feira na cidade. Há outros cotados, como Nelsinho Baptista e Oswaldo de Oliveira.
Uma ala no Parque São Jorge defende a contratação de um técnico estrangeiro. Os argentinos Daniel Passarella, técnico da seleção uruguaia, e Carlos Bianchi, do Boca Juniors, seriam os preferidos. A diretoria pretende anunciar a contratação do treinador até o meio da próxima semana.
O gerente deverá chegar antes. Paulo Angioni, supervisor do Fluminense, que trabalhou no Corinthians em 97 e recentemente esteve no Palmeiras, é o preferido.
Nesta quinta, antes do jogo entre o time carioca e o São Caetano, pelas oitavas-de-final da Copa João Havelange, Angioni disse que em agosto havia recebido uma proposta para voltar a trabalhar no Corinthians, mas não acertou. Depois disso, foi sondado, dias atrás, por um intermediário do Alvinegro, mas o assunto não evoluiu. "Estou bem no Fluminense, mas não posso dizer que dessa água não beberei", disse Angioni, referindo-se a um convite para voltar ao Parque São Jorge.