São Paulo - As novas funções do futuro técnico do Corinthians são o maior obstáculo à volta de Luxemburgo. De acordo com o vice Roque Citadini, o substituto de Candinho terá apenas funções básicas do cargo: treinar e escalar o time. Fora disso, seu poder vai estar totalmente limitado. Até na hora de indicar os reforços, a responsabilidade não será apenas do técnico.
"Essa será uma típica decisão participativa. É claro que a indicação do treinador será relevante, mas essa história de um técnico indicar a contratação deste ou daquele jogador e depois deixar a bomba nas mãos do clube vai acabar. Vai acabar, não. Já acabou", diz Citadini.
Outro detalhe que Luxemburgo nunca aceitou e terá de aceitar para voltar ao Parque: como um funcionário comum, terá de trabalhar com os profissionais da confiança do clube e não dele, Luxemburgo. "Outra história que acabou aqui no Corinthians são os grupinhos. Quem não tiver a capacidade de trabalhar com a equipe, não serve. E mais: o futuro técnico não terá mais nenhum poder de decisão nas questões disciplinares, seja ele quem for."
Outra questão polêmica levantada ontem no clube foi a contratação do atacante Guilherme, revelada pelo JT. Citadini confirma a vinda do jogador para o Corinthians. "Quem contratou o Guilherme foi a Hicks. Só se a Hicks está contratando o Guilherme para o Cruzeiro", ironiza o dirigente. O diretor do Atlético, Eduardo Maluf, pressionado pela imprensa mineira pela notícia ter vazado, disse que não `falou nada' sobre o valor da venda do atleta: US$ 7 milhões.
Já em relação à possível volta de Rincón, Edílson e Vampeta, o dirigente corintiano foi cético. "O Vampeta até me ligou, mas isso vale tanto para ele quanto para o Edílson e o Rincón, que estariam dispostos a voltar. O ideal seria que eles cumprissem os contratos que têm com seus clubes. Mas sabe como é, ninguém pode dizer que desta água não beberei."