Belo Horizonte - O apoiador Jackson já encomendou seus presentes de Natal, com um mês de antecedência. Além do título da Copa João Havelange, Jackson não esconde a vontade de permanecer na Toca da Raposa no próximo ano. “Este seria um ótimo presente de Natal. Quero ficar, mas isso não depende apenas de mim. Estou procurando fazer o meu trabalho da maneira mais correta", observa o jogador, cujo empréstimo termina em 31 de dezembro. Ele marcou dois gols na vitória sobre o Malutrom por 3 a 0, na quinta-feira, em Curitiba, pelas oitavas-de-final da Copa João Havelange, e hoje é peça importante no esquema tático do técnico Luiz Felipe Scolari.
Jackson tem o passe, que pertence à Parmalat, fixado em US$ 3,5 milhões. Antes de vir para o Cruzeiro, ele estava no Palmeiras e foi envolvido na troca com Marcelo Ramos - atualmente no São Paulo -, em março. Mas a diretoria do Cruzeiro já antecipou que pretende comprar o passe do jogador ou, então, prorrogar o seu empréstimo. O que poderá facilitar a negociação é que a Parmalat vai deixar, no final deste ano, de patrocinar o Palmeiras.
Para isso, o presidente do clube, Zezé Perrella, e seu vice-presidente de futebol, Alvimar Oliveira Costa, vão tratar do assunto em São Paulo, na próxima semana, com a Parmalat. O procurador do jogador, Oliveira Júnior, também está cuidando do assunto.
Jackson prefere, no entanto, ficar alheio à essa situação. Ele considera importante manter a dedicação nos jogos do Cruzeiro, como no domingo, contra o Malutrom. “Não quero pensar nisso agora. Porque temos que estar concentrados para o segundo jogo contra o Malutrom. Para conseguirmos nova vitória, vamos ter que manter a pegada da primeira partida, porque não está nada decidido. Abrimos boa vantagem, mas temos que manter a humildade e jogar com a mesma seriedade e determinação", diz.
No jogo contra o Malutrom, Jackson levou o Cruzeiro à vitória, com um gol de oportunismo e outro em um belo chute, colocado, da fora da área - o terceiro foi marcado por Sorín. Além da boa movimentação no meio-campo e no ataque, o apoiador atuou com mais liberdade de criação. Para ele, isso acabou contribuindo para os gols. “Joguei um pouco mais adiantado junto de Oséas e Geovanni.
Acabei tendo as chances e acabei aproveitando", explica o jogador, que atravessa uma das melhores fases de sua carreira. Jackson é um verdadeiro coringa no Cruzeiro: além de jogar no meio, atua também na ala direita.
Quando veio para o Cruzeiro, em março, ele chegou em meio à desconfiança da torcida, por estar na reserva no Palmeiras. Mas acabou dando a volta por cima e hoje é um dos xodós dos torcedores do Cruzeiro. “O carinho da torcida é muito bom, principalmente pelo reconhecimento do nosso esforço."