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Ciúmes atrapalha Bernardinho na seleção masculina
Segunda-feira, 27 Novembro de 2000, 20h16
Atualizada: Segunda-feira, 27 Novembro de 2000, 20h17

São Paulo - Como o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, vai estar no comando do time feminino do Rexona na Superliga, que se encerra apenas em abril, seu assistente-técnico na seleção, Chico dos Santos, assumirá o papel de olheiro e principal responsável pela formulação da primeira lista de convocados de 2001, em fevereiro para a Liga Mundial.

Além da falta de conhecimento em relação ao masculino, Chico terá outro problema: o pouco entusiasmo dos técnicos da Superliga para cooperar com dados sobre os atletas.

"No meu treino, ninguém entra para ficar observando. Não me sinto à vontade", declarou o treinador do Suzano Ricardo Navajas, que se sentiu injustiçado com o fato de a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ter levado um técnico do feminino para o comando do masculino. "São 13 os técnicos da Superliga que estão batalhando há anos e foram menosprezados na hora da escolha", opinou. "É a mesma coisa que colocar o Zé Duarte (técnico da seleção feminina de futebol) no lugar do Leão. Não dá certo. O negócio é pombo com pombo e urubu com urubu."

A verdade é que existe uma onda de ciúmes no vôlei masculino. Poucos treinadores falam abertamente, mas a maioria não gostou da escolha da CBV e assim, não fará muito esforço para ajudar. "Cada um defende o seu", afirmou Navajas.

O técnico Carlos Alberto Castanheira, o Cebola, atual campeão brasileiro com o Minas, também não concordou com a atitude da CBV. Para ele, esta transferência tirou a credibilidade de todos os técnicos do masculino. "Foi uma decisão perigosa", afirma Cebola, único treinador no País a ter os títulos da Superliga masculina e feminina.

Cebola acha que Bernardinho terá pouco tempo para conhecer os principais atletas e, especialmente, os adversários mais perigosos no Campeonato Mundial da Argentina de 2002. Além disso, a seleção feminina terá, a partir de agora, de iniciar outro trabalho. "Só o Bernardinho tinha a chave de como tentar vencer Cuba e Rússia", diz. "O seu substituto precisará de muito tempo para chegar ao nível que a equipe apresentou na Olimpíada de Sydney."

Mauro Grasso, do Banespa, que está há apenas quatro anos no masculino e conquistou um título Paulista, nesta temporada, diz que por conta do pequeno currículo não se sentiu candidato ao cargo. Ele entende, porém, o desgosto dos companheiros. "O problema também é que a CBV cobriu um santo e descobriu outro." Acredita que o substituto de Bernardinho deve ser definido o quanto antes. "Para que ele possa estudar e assim tentar manter o trabalho que já era campeão."

Jorginho Schmidt, da Ulbra, também ficou frustrado, mas prefere ficar fora da polêmica. "Temos de dar crédito ao Bernardinho. Não podemos ficar criticando se o cara nem começou o trabalho ainda." O técnico, no entanto, concorda que Chico dos Santos terá um trabalho árduo na Superliga. Jorginho, que era um dos mais cotados para assumir a seleção masculina, é a favor que a comissão técnica tenha representantes do vôlei masculino. Citou Renan Dal Zotto e José Montanaro, gerentes da Unisul e Banespa, respectivamente. "São competentes e muito amigos do Bernardinho."

Agência Estado


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