Rio - O vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, afirmou
que o Vasco não vai entrar no gramado de São Januário no sábado para
enfrentar o Paraná, pelas quartas-de-final da Copa João Havelange conforme determinaram os organizadores do torneio. Segundo o
dirigente, o time carioca tem que realizar a partida de volta em casa, já
que fez campanha superior a do adversário na primeira fase.
Eurico usou dois discursos para justificar sua decisão. Primeiro, disse que
as regras da competição não podem ir de encontro ao bom senso. Depois,
garantiu que o regulamento divulgado pela empresa Sport Promotion, que
organiza a Copa João Havelange, não corresponde ao que foi elaborado pelo
Comitê Executivo.
“Eu não assinei esse regulamento e não foi o que elaboramos no Comitê
Executivo. O Vasco ficou na frente do Paraná na primeira fase. Por isso terá
a vantagem de jogar a partida de volta no Rio”, declarou o vice-presidente
vascaíno após a vitória sobre o Bahia, em entrevista à Rádio Tupi. “O Fábio
Koff me disse que o sistema de vantagem mudaria a partir da terceira fase.”
O Comitê Executivo da Copa João Havelange se reuniu em São Paulo nos dias 25
e 26 de julho para elaborar o regulamento do campeonato e é formado por
Eurico Miranda, Mustafá Contursi (presidente do Palmeiras), Nélio Brant
(Atlético-MG), Sérgio Prosdócimo (Coritiba), Fábio Koff (Clube dos 13),
Jarbas Lima (ex-presidente do Inter) e Paulo Maracajá (ex-presidente do
Bahia).
Outra reivindicação de Eurico é adiar o confronto contra o Paraná para
domingo, com a alegação de que o time não pode jogar duas vezes em um
período menor do que 48 horas. A partida foi marcada para sábado para
atender aos interesses da Rede Globo.
Segundo Alfredo Sampaio, presidente do Sindicato dos Jogadores, o Vasco tem
todo o direito de adiar o jogo para domingo. “ O Sindicato estará sempre aberto para atender aos interesses dos
jogadores. Só lamento que a situação tenha chegado a esse ponto para que
eles recorram a nós”, afirmou.