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São Paulo quer usar a mesma pegada do Palmeiras
Quarta-feira, 29 Novembro de 2000, 02h16
Atualizada: Quarta-feira, 29 Novembro de 2000, 02h18

São Paulo - O São Paulo tem a receita para eliminar o Palmeiras da Copa João Havelange, amanhã à noite, no Morumbi. Concentração total, melhoria de aproveitamento de chutes a gol e marcação tão dura quanto a do adversário.

"Somos mais técnicos e se marcarmos tão bem quanto eles vamos ficar com a vaga", analisa Marcelo Ramos, autor do gol são-paulino no primeiro jogo.

"No campeonato todo nós fomos mais técnicos do que eles e fizemos melhores partidas. Eles foram superiores apenas na marcação, mas nesse jogo de sábado nós fomos melhores até nisso, dividindo sempre com vontade. Então, se as coisas se repetirem como no sábado e a gente ficar de fora seria mesmo uma injustiça", entende o atacante.

Igualar o Palmeiras nos quesitos suor e disposição é considerado fundamental para a classificação. "Se o jogo está fisicamente equilibrado, a decisão será em dois pontos: bola parada e a qualidade técnica do time. Fomos mais técnicos do que eles durante o campeonato", diz Rogério.

Confiança vem também do fato de o São Paulo ter praticamente anulado a jogada de bola parada do Palmeiras, sempre com Arce. Mesmo que o gol tenha saído assim, no último minuto de jogo. "Fizemos tudo certo o jogo inteiro, o Wilson ganhou todas pelo alto. Só que no finzinho, a bola resvalou na minha cabeça e tirou ele da jogada. Se não fosse isso, a gente venceria. Mas nesse segundo jogo vou compensar o que fiz com o Rogério e o Wilson e fazer mais um gol", diz Marcelo Ramos.

Não titubear Preocupação existe e é com os gols perdidos. E a ordem é incentivar Sandro Hiroshi, considerado culpado pelo resultado por ter deperdiçado duas chances na frente de Sérgio. "A grama do Pacaembu estava prendendo muito a bola, não é como no Morumbi em que a bola corre mais. Falei para ele chutar mais forte, mas isso foi só um conselho. Ele joga bem e sabe o que fazer", fala Marcelo Ramos.

Na primeira partida da final da Copa do Brasil, Sandro Hiroshi perdeu uma grande chance e Levir Culpi, decepcionado, nem o levou para o segundo jogo.

Agora, sem outra opção, não fará isso. "Estamos em outra situação. O Hiroshi é um jogador decisivo. Ele cria oportunidades e teve uma boa seqüência há pouco tempo, fez quatro gols em quatro jogos. Dessa vez ele vai acertar o gol e decidir o jogo para nós", antecipou Levir.



Jornal da Tarde


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