São Paulo - Os marmanjos do vôlei brasileiro que se cuidem. O estilo 'light' do
ex-técnico Radamés Lattari será substituído na seleção pelos gritos de um
'sargentão' no melhor estilo Luiz Felipe Scolari, treinador do Cruzeiro.
Depois de sete anos à frente da equipe feminina, conquistando muitos títulos
e duas medalhas bronze nos Jogos Olímpicos, Bernardinho resolveu mandar um
aviso aos jogadores: acabou a moleza.
"Vou continuar agindo da mesma forma. Se tiver que gritar, vou gritar mesmo.
A única diferença é que terei de arranjar um segurança para me defender",
afirmou Bernardinho no programa 'Bola da Vez', que será mostrado neste
sábado, às 22h30, na ESPN Brasil.
E para provar que com ele todo mundo será obrigado a andar na linha, o
técnico garantiu que a primeira conversa com os atletas será definitiva.
Depois, é só trabalho.
"Vou dizer tudo o que penso. Tentarei mostrar que o segredo de uma campanha
vitoriosa não é um mistério, mas sim a dedicação do grupo. Todos precisam se
dedicar muito, pois esse é o preço que se cobra para chegar ao sucesso",
justificou Bernardinho.
Sem medo de críticas e uma eventual resistência por parte dos jogadores,
Bernardinho prometeu 'ajustar' a seleção, que fracassou nas últimas
Olimpíadas.
"Quando alguma peça não se encaixa, algo precisa ser feito, sem esconder a
razão do problema. Vou acertar o time mais cedo ou mais tarde. Se alguém não
tiver disposição, o processo poderá ser mais longo, mas será concluído",
prometeu o 'Felipão' do vôlei.