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Atlético-MG sonha com Vadão, mas Santos pode atravessar negócio
Sábado, 02 Dezembro de 2000, 02h34
Atualizada: Sábado, 02 Dezembro de 2000, 02h39

Belo Horizonte - As negociações com o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, estão bastante adiantadas. Entre Fernando César, procurador do treinador, e o Atlético já estão acertados os salários e o tempo de contrato. Porém, o Santos surgiu como um forte concorrente. O representante do técnico nega, mas o clube santista está oferecendo uma proposta financeira um pouco superior à que foi feita pelo Atlético. Ontem apareceram mais dois interessados, o Santa Cruz e o Bahia.

“Os acertos principais já foram definidos. Faltam apenas algumas 'picuinhas jurídicas'. Enquanto vai passando o tempo, outros clubes estão nos procurando interessados na contratação de Vadão", disse Fernando César que não comentou se, com o surgimento de outros clubes querendo o treinador, as negociações com o time mineiro prosseguiriam.

Segundo Fernando César, as negociações com o Atlético começaram há cerca de dez dias, mas foram suspensas devido a participação do time mineiro nas semifinais da Copa Mercosul. “Tivemos que suspender tudo devido à situação que vivia o Atlético na Mercosul até em respeito ao Nedo Xavier. Se o Atlético fosse campeão, os dirigentes o deixariam no cargo", revelou o procurador do técnico Osvaldo Alvarez.

O nome de Osvaldo Alvarez sempre constou as listas feitas no Atlético. Foi assim desde a saída do técnico Emerson Leão. No final do primeiro semestre, quando Márcio Araújo entregou o seu cargo, dirigentes do Atlético chegaram a manter contatos com Vadão, mas ele acabou se transferindo para o Corinthians, onde não deu certo, e caiu após alguns resultados ruins.

O assessor do presidente do Atlético, Hissa Elias Moisés, disse que nada ficará definido antes das eleições do clube que estão marcadas para o próximo dia 14, quando Nélio Brant Magalhães tenta à reeleição. A prioridade será a contratação de um novo técnico. Cruzeiro apela para o apoio de sua torcida

Belo Horizonte - A torcida poderá ter papel fundamental na classificação do Cruzeiro para as semifinais da Copa João Havelange, hoje, na segunda partida contra o Internacional, às 16 horas, no Mineirão. A expectativa do time é de casa cheia, com o 12º jogador incentivando durante os 90 minutos. Assim como na conquista do tricampeonato da Copa do Brasil deste ano, quando os torcedores “empurraram" o time na virada de 2 a 1 em cima do São Paulo.

Para se classificar, basta que o Cruzeiro não sofra nenhum gol da equipe gaúcha na partida de hoje. O placar de 0 a 0 dá a vaga para os mineiros, já que o jogo em Porto Alegre terminou em 1 a 1. Outro empate pelo mesmo placar leva a decisão para os pênaltis. O Internacional se classifica se empatar com mais de um gol. Quem vencer passa às semifinais.

Se o estímulo da torcida é aguardado com ansiedade e dado como certo pelos jogadores, o técnico Luiz Felipe Scolari prefere ser mais comedido. Ele ainda não se esqueceu do atrito que teve com os cruzeirenses depois do empate em 1 a 1 com o Malutrom, domingo passado - quando o time saiu de campo sob vaias e o treinador questionou tal atitude.

Scolari comentou declarações do atacante Elivélton, do Inter, que atuou no Cruzeiro em 97. O jogador afirmou que, caso o time mineiro não marque gol nos 15 ou 20 minutos iniciais, a exigente torcida começa a jogar contra os cruzeirenses, o que seria uma tradição em Belo Horizonte. “Se ele falou isso, é porque jogou aqui e acha que conhece a torcida. Mas sabemos também que os torcedores podem jogar a favor o tempo todo, se quiserem, e é isso que esperamos que aconteça", afirmou.

No entanto, o técnico admite que o apoio da massa é importante para uma equipe, Ele próprio lembrou o último clássico entre Cruzeiro e Atlético, quando o time da Toca da Raposa derrotou o rival, de virada, por 4 a 2. “A torcida foi o grande aliado do Cruzeiro sobre o Atlético", comentou.

E Scolari avisa: o Cruzeiro entra em campo hoje à tarde pensando exclusivamente na vitória. A vantagem de jogar pelo empate é, na opinião de Scolari, um trunfo que só deve ser utilizado em último caso. “Não vamos jogar para empatar. Durante o jogo, dependendo do resultado, podemos mudar o esquema. Mas ninguém, mais do que eu e os jogadores, queremos vencer e garantir a classificação", avaliou.

Mas o técnico do Cruzeiro é precavido e já preparou a equipe para um eventual tropeço. Ontem, após o treino recreativo - que coincidentemte terminou empatado em 1 a 1 -, ele determinou que os jogadores cobrassem pênaltis. E também ressaltou a necessidade de a equipe reforçar a atenção, principalmente no jogo aéreo, jogada mais perigosa dos gaúchos.

“Essa jogada é uma de nossas principais preocupações. No primeiro jogo, o Cruzeiro cometeu dois únicos erros na bola aérea e um deles acabou no primeiro gol do Internacional. É um sinal de que estamos tendo atenção. Mas, claro, precisamos melhorar. Qualquer descuido pode ser fatal", considerou Luiz Felipe Scolari, que não poderá contar com o goleiro Fabiano, se recuperando de um estiramento na coxa direita. O jovem Jefferson foi confirmado na equipe.

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