Porto Alegre - O atacante Warley tornou o jogo em Recife, contra o Sport, muito mais dramático para o Grêmio.
Aos 30min do segundo tempo, quando recebeu um dos tantos passes milimétricos com que Ronaldinho costuma brindar os companheiros, o atacante trazido da Udinese fez o que ninguém esperava. Chutou alto, longe da meta, tendo apenas o goleiro pela frente.
"Foi excesso de confiança", desculpou-se Warley.
O único consolo foi ter deixado o gramado sob aplausos dos torcedores, uma forma de reconhecimento por seu esforço.
Sem marcar desde 11 de novembro, quando o Grêmio goleou o Atlético-PR por 3 a 0 no Olímpico, pela fase classificatória, Warley admite que vive má fase. Mas procura manter a calma, dizendo que tornará a situação mais difícil se ficar afobado.
"Os gols terão que voltar naturalmente!, diz o atacante, que já marcou sete vezes na Copa João Havelange.
O zagueiro Marinho admitiu ter falhado no gol de Taílson. Sexta-feira, antes do embarque para Recife, ele ainda comentava a forte discussão que teve com o volante Gavião logo após o Sport ter descontado.
"O Gavião pediu que eu marcasse mais de perto. Na hora, retruquei. Mas, agora, sei que ele estava certo", disse Marinho.
Patrício garante não estar abalado com as críticas que vem recebendo. A constante mudança de posição pode ser a principal causa do rendimento insatisfatório, acredita o jogador.
Domingo, por exemplo, ele deverá ser improvisado novamente no lado esquerdo, diante do retorno de Anderson ao time, recuperado de lesão no tornozelo direito.
"Como a tradição do Grêmio sempre foi a de ter grandes laterais, a torcida torna-se exigente", disse.
De volta à reserva, Sandro Neves, outro lateral contestado, acha que só ganhará confiança, inclusive para chutar a gol, como na época do Caxias, com a seqüência de partidas.