Porto Alegre -Uma das qualidades mais reforçadas pelo técnico Zé Mário e pelo presidente Fernando Miranda ao fim do jogo de Belo Horizonte pode virar fumaça a partir do ano que vem: a base de jogadores do Internacional.
Vários atletas do grupo principal terminam seus contratos no fim do ano, e o clube, com problemas de receita, não terá condições de manter todos no Beira-Rio.
Embora Miranda não tenha adiantado nada sobre os planos do clube, a permanência de Zé Mário, cujo contrato termina em 31 de dezembro, é dada como certa.
Um dos que depende de recursos em caixa para permanecer no Beira-Rio é Hiran, cujo contrato expira no fim do ano. Seu passe pertence ao Guarani e está avaliado em R$ 800 mil, dos quais R$ 150 mil o Inter já pagou pelo empréstimo. O goleiro, contudo, mais de uma vez já manisfestou a vontade de ficar em Porto Alegre, o que pode facilitar a negociação.
O caso do centroavante Rodrigão, com passe fixado em R$ 7 milhões, é mais complicado. Vindo do Santos, o jogador chegou ao Beira-Rio em uma troca por empréstimo por Anderson. Mas o Santos já devolveu o volante.
Restaria então comprar o passe do centroavante, mas falta dinheiro. Ao falar sobre a possibilidade de permanência no Beira-Rio, depois do jogo de sábado, Rodrigão não se comprometeu.
"O negócio está agora na mão dos meus procuradores, e vou fazer o que for determinado", disse ele.
O problema do Inter é de onde arranjar dinheiro. Com as receitas de transmissão de jogos do Gauchão 2001 já antecipadas e com as férias do grupo até 3 de janeiro, o clube pode apelar para a venda de jogadores, como o zagueiro Lúcio.
Outros jogadores cuja temporada no Beira-Rio está por terminar são os laterais Márcio Goiano e Marcelo Santos, o zagueiro Leonardo Valença e o atacante Leonardo Manzi. Com a possível exceção de Valença, nenhum deles permanecerá no Beira-Rio, por não terem apresentado um desempenho à altura do esperado pela direção.
"Ainda é muito cedo para falarmos sobre isso", desconversou Fernando Miranda.