São Paulo - Alguns jogadores do Palmeiras ainda insistem em negar, tentam amenizar o problema, mas a verdade é que a maratona de jogos - a equipe disputa a Copa Mercosul e a João Havelange - começou a ser sentida pelo time. O primeiro indício foi a derrota para o São Caetano, no domingo.
"O time demonstrou cansaço. Senti isso principalmente nos primeiros 15 minutos. Achei também que entramos um pouco desligados", admitiu Magrão, que aproveitou a ausência da partida para observar o comportamento dos companheiros. "De fora, a visão é outra."
Recuperado de uma contusão muscular - e possível reforço para enfrentar o Vasco, amanhã -, o volante lembrou que ele próprio é um exemplo do cansaço do time. "Eu mesmo não agüentei e acabei ficando sem jogar." E completou, contrariando o discurso da maioria: "A principal reclamação foi de cansaço", disse, ao referir-se às conversas que o grupo manteve ontem à tarde, na reapresentação.
Mas o símbolo da garra palmeirense garantiu que a equipe tem condições de reagir. Nem que para isso seja preciso aumentar a dose de esforço, de determinação. "A maior lição desse resultado ruim é que não podemos fraquejar jamais. Não podemos cometer um vacilo sequer. Agora, vamos com força total para virar essa situação."
Rival cansado - Magrão lembrou ainda que, na questão do desgaste, a equipe não jogará em desvantagem contra o Vasco. "Eles (o Vasco) disputam duas competições.
Estão iguais à gente. Isso deve igualar as coisas." A mudança nas datas das partidas - amanhã tem Mercosul e apenas sábado tem João Havelange - foi favorável, segundo o volante.
"Sem dúvida que é bom para o time. Só que para mim é ótimo. Ganhei mais um dia para me recuperar."
A má notícia na Academia é o desfalque do artilheiro Tuta. Com uma lesão na parte posterior da coxa direita - que sentiu na partida contra o São Caetano -, o atacante está vetado para a partida de amanhã, apesar de estar se empenhando no tratamento. "É um músculo de arranque. Tudo vai depender do processo de recuperação. Precisamos aguardar a evolução, mas considero pequenas as chances de o atacante participar do jogo de sábado", explicou o médico Rubens Sampaio.
Mais otimista, Tuta declarou que o simples fato de ter sido uma contratura, e não um estiramento, já é motivo de alívio. "Nunca senti uma contratura antes. Porém, estou tranqüilo só por não ter sido nada grave. Estou tomando os medicamentos. Vamos esperar a reação."
O que não lhe agrada é a possibilidade de ficar fora na hora decisiva. "É difícil."