Brasília - O jornalista Leandro Quessada sugeriu agora há pouco, na CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, que a comissão investigue os passos do empresário Edson Teixeira de Souza, que recentemente lotou um ônibus de adolescentes na cidade de Porangatu, sul de Goiás e os levou à cidade de Americana, no interior de São Paulo, com a promessa de que se transfeririam para clubes grandes, como o Corinthians, por exemplo.
Teixeira está desaparecido e o relator da CPI, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), disse vai apresentar requerimento para convocar o empresário. A CPI, que investiga o contrato da Nike com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), também apura a transferência ilegal de jogadores para o exterior e a exploração de menores.
Segundo Quessada, o Brasil “precisa se dar conta que nem todos os jogadores que saem do País, como Roberto Carlos, Ronaldo e Rivaldo, dão certo e estão ganhando dinheiro”. O jornalista contou que há uma grande quantidade de jogadores que deixaram o Brasil e tiveram sérios problemas.
Citou o exemplo de Jorginho, que no início da década de 90 atuou pelo Corinthians; passou pelo Goiás, se transferiu para o futebol russo - onde jogou no Arsenal e no Soviet - e acabou deixando o país depois de ter trabalhado quase um ano sem receber salários.