São Paulo - Enfrentar times de pouca tradição em fases decisivas - como acontecerá neste sábado, contra o São Caetano, no Parque Antártica, valendo uma vaga para as semifinais da Copa João Havelange -, costuma ser uma tarefa indigesta para o Palmeiras. São várias as ocasiões em que os clubes pequenos tornaram-se "carrascos" do alviverde.
O primeiro tropeço palmeirense na história recente do futebol ocorreu no campeonato paulista de 1985. Na ocasião, o Palmeiras foi derrotado, em novembro, por 3 a 2 para o XV de Jaú no Palestra Itália. O volante era o principal destaque do time de Jaú, mas foi o lateral Felício que marcou o terceiro gol da equipe.
O resultado eliminou o Alviverde das semifinais e classificou o Corinthians. A disputa foi tumultuada pela exigência da Ferroviária em participar, no famoso caso do zagueiro Dama, que teria jogado irregularmente em uma partida na primeira fase. Depois, a equipe do interior paulista recuperou os pontos, participando da fase decisiva.
Em 1986, quando completava 10 anos sem títulos, o Alviverde foi derrotado pela Internacional de Limeira, que foi campeã paulista ao vencer o Palmeiras por 2 a 1, em pleno Morumbi, com 80 mil torcedores.
A jogada marcante desta derrota, ocorrida em 3 de setembro, foi a falha do lateral-esquerdo Denis, que atrasou mal uma bola, para o ponta-direita Tato marcar o segundo gol da Inter.
No Paulista de 1989, nova decepção, agora sob o comando do técnico Emerson Leão. O alviverde, que vinha de uma série de 23 jogos invictos, foi eliminado na fase eliminatória, em sua primeira derrota, por 3 a 0, para o então desconhecido Bragantino, em Bragança Paulista.
No ano seguinte, a situação se repetiu, mas desta vez com a Ferroviária, no Pacaembu. O time de Leão caiu na semifinal ao empatar por 0 a 0 com a Ferroviária, em 15 de setembro, no Pacaembu, quando bastava uma vitória para chegar à final. O desespero da torcida foi ao auge quando, o zagueiro uruguaio Aguirregaray, do Palmeiras, acertou uma bola na trave quase embaixo do gol.