Porto Alegre - O jogador Assis, irmão e procurador de Ronaldinho, ainda aguarda pelo Grêmio para tratar da permanência do craque no Olímpico. Paralelamente, as conversas sobre o futuro do craque já começaram. Ontem, Assis tratou com representantes da Umbro, fábrica inglesa de material esportivo, a respeito de um patrocínio, no Hotel Plaza São Rafael.
Enquanto isso, depois de cinco anos jogando sem parar, Ronaldinho só quer saber de férias. Serão as primeiras desde os 15 anos, quando foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. Vai passar o Natal com a família e, depois, pretende viajar.
O contrato com a Nike termina no fim do ano. A empresa norte-americana ainda não fez proposta de renovação. Então, Assis está ouvindo as ofertas das concorrentes, como todo bom empresário deve fazer. O Grêmio ainda não o procurou para tratar de Ronaldinho – e muito menos apareceu disposto a conversar sobre a contratação dele próprio, Assis, pelo clube em 2001.
"Se me procurarem, conversaremos. Mas, por enquanto, só pensamos em curtir as férias. Quanto a mim, adoraria voltar para o Grêmio, mas não posso viver de sonho. Tenho os pés no chão. Se o clube não mostrar interesse, vou cuidar da minha carreira", afirmou Assis.
Ronaldinho comemorava, ontem, a possibilidade de férias. "Bá, desde 1995 é sub-15, sub-16, Sul-Americano, Mundial, Campeonatos Brasileiros pelo Grêmio, depois veio Olimpíada, Eliminatórias, ufa! Vou me mandar de férias antes que me peguem para a Taça São Paulo este ano, que ainda dá, estou com 20 anos!", brincou Ronaldinho.
O contrato de Ronaldinho termina dia 15 de fevereiro. João Francisco, respeitado empresário e um dos preferidos no Grêmio para fazer negócios, entende que tudo vai depender da questão jurídica.
Se o passe for mesmo do Grêmio – e não do próprio Ronaldinho a partir de março –, o craque ficará. Nesse caso, o presidente José Alberto Guerreiro está disposto a recusar ofertas e, em parceria com a ISL, pagar-lhe o maior salário já oferecido a um jogador na história gremista, seja ele qual for. Do contrário, em caso de Ronaldinho realmente ganhar passe livre por conta da Lei Pelé, as chances de o craque ficar são reduzidas.