Belo Horizonte - O caso Capria está cada vez mais nebuloso. Jorge Dinatale, empresário do jogador, acusa a diretoria do clube mineiro de irresponsável. O presidente Nélio Brant, por sua vez, disse que a figura do empresário só atrapalha o futebol e que não vai aceitar pressão. E o jogador está cada vez mais longe do Atlético Mineiro.
A polêmica aumentou na quinta-feira, prazo-limite estabelecido para o pagamento da primeira parcela da compra do passe do zagueiro, US$ 320 mil. O depósito não foi feito. No dia seguinte ninguém sabia se o valor havia sido ou não pago.
A diretoria alega que esperava o adiantamento de um dinheiro que não chegou. Com isso, ela tenta prorrogar mais uma vez o prazo para o pagamento. A alegação dos dirigentes é que o Atlético merece um reconhecimento por parte de Capria. Afinal, o jogador sofreu uma séria contusão em fevereiro, passou por uma delicada cirurgia e só foi estrear no time em setembro.
Furioso, Dinatale deu a sua versão:
”É brincadeira. Nunca vi tanta irresponsabilidade. Desde o dia 4, o Atlético perdeu qualquer direito. Fizemos até o que não estava ao nosso alcance. Capria se machucou em um acidente de trabalho. Se esteve afastado não foi por culpa dele.”
Jorge Dinatale continuou incisivo nos argumentos.
”Gostaria de deixar claro que a minha função é defender os interesses de Capria. Ele me disse que perdeu o interesse em voltar para o Atlético, tamanho o desrespeito com que foi tratado”, finalizou.
A diretoria disse que não desistiu do zagueiro e que continua tentando comprá-lo.