Belo Horizonte - A tabela de jogos da Superliga Feminina de Vôlei não foi “justa" com o MRV/Minas. Por estar com uma partida a menos que os adversários, a equipe mineira aparece em quinto lugar na classificação da Confedereção Brasileira de Voleibol (CBV), apesar de ter uma campanha melhor ou semelhante a de alguns adversários que estão nas primeiras posições.
Apesar da pressão psicológica que esta classificação distorcida exerce, o técnico William Carvalho se mostra tranquilo e confiante de que, ao final do primeiro turno, quando todos os times estiverem com o mesmo número de jogos, o MRV/Minas poderá estar na primeira colocação. “O campeonato, na verdade, está todo embolado", observa Carvalho.
O Minas tem cinco jogos, ao lado de BCN/Osasco (quarto lugar), Blue Life (6º) e São Caetano (7º). Vasco da Gama (1º), Rexona (2º) e Flamengo (3º) têm seis partidas. “Na realidade, quem está em primeiro hoje é o BCN, que tem nove pontos (quatro vitórias e uma derrota). O Vasco tem 11 pontos (cinco vitórias e uma derrota), mas um jogo a mais".
Como BCN/Osasco e Vasco se enfrentam amanhã, um dos dois passará a ter duas derrotas. Se o Minas confirmar o favoritismo sobre o São Caetano, em jogo que será realizado amanhã, na casa do adversário, continuará com duas derrotas e o critério desempate que prevalecerá será o set average (a diferença entre sets ganhos e perdidos).
Atualmente, o MRV/Minas está com uma razão de 1,714 (12 sets ganhos e sete perdidos), enquanto Vasco tem 3,200 (16 ganhos e cinc perdidos) e BCN/Osasco com 2,167 (13 ganhos e seis perdidos). “Daí a importância de vencer bem o São Caetano, ganhando de 3 a 0", salienta William Carvalho, que lembra ainda que o Flamengo não jogará na rodada.
Ao contrário dos anos anteriores, o primeiro colocado ao final do turno não receberá bonificações. “A única vantagem será estar na frente", afirma o técnico. Apenas no término da fase é que os quatro primeiros classificados terão a vantagem de jogar em casa nas oitavas-de-final, contra as equipes que ficarem entre a 5ª e a 8ª posições.
Apesar da confiança por esta realidade desmitificada dos números, William Carvalho admite que o Minas vive altos e baixos no campeonato. Após conquistar uma grande vitória na quinta rodada, sobre o Vasco da Gama, o time não foi bem contra o Rexona, em Curitiba, no sábado, perdendo por 3 a 1. As falhas aconteceram no bloqueio e no ataque.
“Jogamos sem a Bia, contundida, e a Doval, que, apesar de ter jogado direitinho, estava fora de ritmo. A Doval era a única que passava e atacava que tínhamos à disposição, já que a Cibele não começou bem", analisa. Carvalho justifica esta irregularidade como reflexo do fato de o Minas não conseguir fazer dois jogos com a mesma equipe.
As contusões prejudicaram muito a equipe mineira, mas não a ponto de deixar o Minas nas últimas colocações em diversos fundamentos, como divulga a CBV em seu site. Carvalho questiona os critérios de apuração do ranking, como avaliar uma levantadora pelos pontos obtidos. “O que tem que ser analisado é se a distribuição das jogadas foi boa".
O técnico ressalta que o MRV/Minas nunca aparecerá entre os melhores no fundamento saque. A exemplo do levantamento, são levados em consideração os pontos feitos no saque. “Nossas jogadoras não usam o saque forçado, mas sim o tático, a não ser que a Pîrv faça um saque viagem ou quando estivermos perdendo de muito".