São Paulo - O Rexona pode ser obrigado a experimentar o mesmo veneno com o qual fez os adversários sofrerem durante três anos. No clássico da próxima terça-feira em Curitiba contra o Vasco, que vale o primeiro lugar do turno da Superliga, o time do técnico Bernardinho vai enfrentar pela primeira vez em jogos pelo Campeonato Brasileiro a levantadora Fernanda Venturini. E ninguém nega que ela teve um papel fundamental nos títulos das temporadas 97/98 e 99/2000, no vice de 98/99 e na conquista do Carioca de 99.

Casado com Fernanda há quase dois anos, o treinador não poupa elogios. Mas lembra que o Vasco tem outras grandes jogadoras. "A dificuldade não é por ela ser minha esposa, mas sim pela grande jogadora que ela é", elogia Bernardinho. "A Fernanda realmente foi um dos nossos alicerces em três temporadas vitoriosas e por isso conhece alguns segredos e até a alma da nossa equipe. Mas o Vasco também tem jogadoras como a Denise, a Natasha e a Raquel. A única certeza que eu tenho é que será um jogo duro, com voleibol de alto nível", prevê Bernardinho.

Fernanda Venturini está no Vasco desde junho do ano passado e já enfrentou o Rexona cinco vezes. No início de setembro, em dois amistosos no Paraná definidos no tie-break, cada equipe venceu uma partida. Na primeira fase do Carioca o Vasco venceu por três a zero, mas na Taça Premium de Cascavel, no final de novembro, o Rexona levou a melhor: perdeu na primeira fase por três a dois e devolveu o placar nas semifinais. Entre as jogadoras do Rexona, o respeito pela ex-capitã da equipe é muito grande.

"A Fernanda é uma das melhores levantadoras do mundo e sabemos que para vencer o Vasco precisamos estar 100%", comenta a atacante Érika, que se tornou a nova capitã depois da saída da levantadora. O Vasco tem boas jogadoras e conta com a Fernanda, mas não é invencível. Tudo depende da gente saber fazer o nosso papel , completa a líbero Daniela."

Kátia chegou com a difícil missão de fazer a torcida curitibana, e principalmente a comissão técnica, esquecer Fernanda. O entrosamento com as atacantes melhora a cada dia e a levantadora já está em segundo nas estatísticas da CBV, atrás apenas de Gisele, do Flamengo. Mesmo assim, sabe que ainda tem que trabalhar muito. "Não levo muito em consideração essas estatísticas, mas é bom estar entre as melhores levantadoras. Temos que trabalhar muito e tentar errar menos, pois o Vasco tem um elenco fortíssimo e o jogo de terça vale a primeira colocação da Superliga", avisa Kátia.

Redação Terra