Belo Horizonte - Depois de perder sete quilos e se desdobrar nos treinamentos, o zagueiro Alexandre Souza garante que está pronto para brigar por uma vaga na equipe do Atlético. E a grande prova, promete o jogador, será na partida de amanhã contra o Caxias, no Mineirão, pela Copa Sul-Minas. Ele irá substituir Carlão, expulso contra o Marcílio Dias.

O zagueiro chegou ao Atlético em novembro do ano passado, depois de ficar quatro meses sem jogar ou treinar - ele estava no Cruzeiro, mas não houve acordo para sua permanência na Toca da Raposa. Neste período, ele conta que passou por momentos de ansiedade, na expectativa de acertar com algum clube e retornar logo aos gramados.

“Comi muito, fiz a alegria das churrascarias. Era o primeiro a chegar e o último a sair", brinca Alexandre Souza, que estava pesando 90 quilos no início da pré-temporada. Hoje, está com 83, um a mais do que o peso ideal. “Nunca havia chegado neste peso. Estou muito bem agora. Tudo o que vier é lucro. Ou melhor, o que sair será lucro", comenta, entre risadas. Ele conta que chegou, inclusive, a ganhar um apelido dos companheiros - que ele não revela de jeito nenhum.

Depois de passar a pré-temporada em Itaúna treinando entre os titulares, Alexandre Souza perdeu a vaga para o jovem Carlão na véspera da primeira partida do Atlético em 2001, contra o Atlético/PR, no Mineirão, pela Copa Sul-Minas. Se a surpresa foi geral, para ele a troca era esperada. “Eu estava bem acima do meu peso e o Carlão estava bem nos treinos, se destacando. Como eu iria correr atrás dos atacantes? Não me surpreendi, mas prometi emagrecer e chegar ao ponto ideal. A briga agora vai ser boa. Não quero mais sair do time", avisa.

E nem mesmo a ida de Cláudio Caçapa para o Lyon, da França, e o esquema com três zagueiros é motivo para acomodação. “Tem Carlão, Luiz Carlos, Gilberto Silva e ainda os meninos do júnior. Ninguém está de brincadeira. Já vivi isso no Cruzeiro, quando tive que brigar com Cris, Marcelo Djian e Cléber. Acabei ficando titular", lembra Alexandre Souza, que aprova o 3-5-2 implantado por Abel Braga.

“Já joguei assim em Portugal e é bastante defensivo, mas com muitas opções de ataque", ressalta.

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