O Departamento Médico do Atlético informa hoje se o volante Gilberto Silva precisará ser operado de uma fratura por estresse na tíbia da perna direita, a mesma contusão que o afastou dos gramados no ano passado. O jogador se contundiu no treino de terça-feira, numa dividida com o lateral-direito Cicinho, que atingiu o mesmo local. Ele terá que ficar, pelos menos, mais dois meses longe da bola.
No entanto, a cirurgia, onde seria colocado um pino metálico no local, só deverá ser realizada em último caso. A primeira opção de tratamento é a repetição do que foi feito a partir de agosto, quando Gilberto se contundiu pela primeira vez: repouso. O chefe do Departamento Médico do Atlético, Neylor Lasmar, receberia ontem à noite a ressonância magnética realizada pelo jogador e analisaria o resultado para, só então, definir pelo tratamento ideal. “Mas nenhum é 100% garantido", ressaltou.
Neylor Lasmar garante que não houve negligência no tratamento de recuperação do volante. “Fizemos todos os testes possíveis para saber se ele estava em condições de retornar. Inclusive, evitamos que ele jogasse as últimas partidas, para não correr risco algum. Mas, infelizmente, a medicina não é uma ciência exata", ponderou, que liberou o jogador para os treinamentos em novembro, três meses após a fratura, por não ter encontrado resquício algum nas ressonâncias magnéticas realizadas na época.
De acordo com o médico do clube, o biotipo de cada pessoa pode ser a explicação para que Gilberto Silva sofresse uma nova fissura no mesmo local. “É um problema biológico e pessoal. O osso já estava consolidado, o que não descarta a hipótese de haver outra fissura no local ou um edema", cogitou Neylor Lasmar. Ele informou que, se a pancada fosse sentida em outra parte do corpo, poderia não ter tido uma conseqüência tão grave.