São Paulo - Na entrada do vestiário do Santos, o técnico Geninho parecia hipnotizado. À espera dos jogadores com um copo de água na mão, o treinador do Peixe tentava consolar os jogadores santistas com tapinhas nas costas, mas não fugia à imagem de um lutador de boxe instantes após um nocaute. “Isso acontece...”, murmurou, só para não ficar calado.
Alguns minutos depois, de banho tomado, cabeça mais fria e um pouco mais recuperado do duro golpe, o técnico santista conseguiu, na entrevista coletiva, reconhecer os erros, inclusive os dele próprio, que provocaram o primeiro revés de Geninho no comando do time e do Santos nesta temporada.
“Foi um jogo em que o Santos errou muito. No posicionamento defensivo, na evolução de bola para o ataque... Vários erros. E o São Paulo, que também errou, soube aproveitar”, resumiu o treinador, ainda meio grogue, como quem tivesse levado um forte soco no fígado.
Geninho admitiu que a substituição de Russo por Caíco no momento em que o Peixe precisava atacar pelas laterais não se mostrou a alternativa mais adequada. “A minha idéia foi pôr alguém que tivesse mais volúpia, pois o Russo chegava à linha de fundo com morosidade. Mas um jogador de ataque acabou não produzindo mais do que um jogador de defesa”.
O técnico santista também elogiou o rival são-paulino. “O Vadão foi muito feliz ao pôr dois jogadores muito rápidos”, diz. “A maior lição que podemos tirar dessa derrota? Temos muito o que arrumar ainda”, completa Geninho.