Rio - Embora cite Maria Esther Bueno e Thomaz Koch, de tênis ele confessa entender pouco. O que deu para perceber quando foi chamado por Fernando Meligeni para sacar, sob um sol de 40 graus, de terno e óculos escuros no melhor estilo Men in Black (Homens de Preto), como ele mesmo gosta de brincar. A fala mansa e o bom humor são mesmo a marca registrada de Auri Barbosa, segurança da equipe brasileira.
“Se sei jogar tênis? Jogo futebol. Tênis só jogo nos outros”, brincou.
Nem mesmo o calor parece incomodar o anjo da guarda de 42 anos que fica feliz por ter sido chamado pelo segundo ano para trabalhar com a equipe na Davis: “Perco uns 2kg por dia, assim como o Guga numa partida, mas é ótimo. É muito fácil trabalhar com eles. São brincalhões e armam muitas pegadinhas para a gente”, contou.
O ar sério só toma o rosto de Auri quando avista de longe Guga, aquele a quem chama de rei e de quem guarda uma camisa autografada. Coloca os óculos, se põe mais ereto e ensaia o melhor bom dia. Problemas de assédio? Ele garante que são poucos. No máximo uma mãe que vira criança para pegar autógrafo: “Mas é normal. O tênis sempre foi um esporte muito elitista, nunca tão popular como agora.”