Rio - Depois de ser surpreendida na quarta-feira com a liminar impetrada pelos advogados do Ratrans, da Bahia, impedindo a venda de Magno Alves, a diretoria do Fluminense está preparando o contra-ataque. Os dirigentes garantem que o jogador está regularizado e por isso tentará cassar a liminar na próxima semana.
“Temos 10 dias para cassar a liminar e vou à Bahia na próxima semana para isso. Atitude, no entanto, que não significa o desejo de negociá-lo. Vamos, inclusive, retomar as conversas da renovação”, disse o vice de futebol, Marcelo Penha.
A alegação utilizada pelo advogado do clube baiano, Alano Frank, para conseguir a liminar foi a de que Magno se filiou à Federação Paulista para atuar pelo Valinhos sem o conhecimento do Ratrans e com uma assinatura falsa de seu responsável, já que, em 1994, ele era menor. “O Fluminense não é um adquirente de boa fé, pois já sabia da existência de irregularidades na questão do Magno Alves. Em 1997, o Bahia entrou na Justiça contra o Criciúma, clube pelo qual o jogador atuava. O Fluminense assumiu o risco e pode pagar por isso”, garantiu o advogado baiano.
Alano, no entanto, acena com a possibilidade de um acordo com o Fluminense: 50% do valor de uma possível negociação. “Não queremos prejudicar o jogador, mas sim garantir os direitos do clube que investiu no atleta”, afirmou o advogado.
Um dos sócios de Alano, Abdon Abbade, está na Europa para mostrar as supostas irregularidades ao Racing Santander, clube que manifestou interesse no jogador há cerca de dois meses. Marcelo Penha garante estar convicto dos direitos do Fluminense e descarta qualquer possibilidade de fazer um acordo.
“É estranho que eles só venham reclamar seis anos depois, justamente quando Magno Alves é um dos artilheiros do Brasil. Eles alegam que o Magno é filiado à Federação Baiana, mas acima dela está a CBF que garantiu que a documentação do jogador estava correta e autorizou sua transferência do Criciúma para o Fluminense”, afirmou.