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Bronca de Felipão deixa cruzeirenses de cara fechada
Sexta-feira, 16 Fevereiro de 2001, 03h39
Atualizada: Sexta-feira, 16 Fevereiro de 2001, 03h40

Belo Horizonte - Mas nem tudo era alegria no desembarque do Cruzeiro nesta quinta-feira à tarde no Aeroporto da Pampulha, apesar da classificação antecipada para as semifinais da Copa Sul-Minas, depois do empate por 1 a 1 com o Paraná, na quarta-feira. Contrastando com a alegria dos três convocados para a Seleção Brasileira - o goleiro Bosco, o zagueiro Cris e o volante Ricardinho - estavam as caras fechadas dos outros integrantes da delegação.

Até mesmo o atacante Marcelo Ramos, autor do gol de pênalti que classificou o Cruzeiro, apresentava uma cara de “poucos amigos". Deixou apressado o setor de desembarque do aeroporto e foi um dos primeiros a entrar no ônibus que aguardava o grupo cruzeirense. Em seguida, e na mesma velocidade, passou o técnico Luiz Felipe Scolari.

Pelo que explicou o volante Ricardinho, o clima nada amistoso foi gerado pela bronca dada pelo treinador após a atuação do time em Curitiba. Mesmo garantindo a classificação com uma rodada de antecedência, Scolari não gostou do futebol apresentado. “Ele reclamou muito com a gente. Entendemos a posição dele, mas o bom é que voltamos classificados", ponderou Ricardinho.

A próxima partida do Cruzeiro pela Copa Sul-Minas será contra o Internacional, na quarta-feira, apenas para cumprir tabela. Amanhã, a equipe vai a Governador Valadares enfrentar o Democrata, defendendo a liderança no Campeonato Mineiro, e o treinador já antecipou que mudanças deverão acontecer.

Após a partida de quarta-feira, ainda nos vestiários, ele criticou bastante a atuação apática da equipe, que foi superada em empenho e determinação pelo Paraná. Para o técnico, o desempenho contra o Paraná pode ser comparado ao do empate em 1 a 1 com o Mamoré, na estréia do Cruzeiro no Campeonato Mineiro, que, até então, tinha sido a pior apresentação do time.

“Foi uma partida feia, sem muitas chances de gol, sem criatividade e brio. Houve mais esforço físico e dedicação do Paraná do que nossa. Fomos apenas um pouco melhor do que contra o Mamoré. Isso me preocupa, pois era um jogo de classificação e não criamos nada para vencer", reclamou.



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