Porto Alegre - Somente no dia 16 de janeiro, data da segunda reunião com os procuradores de Ronaldinho, o Grêmio soube oficialmente que o jogador assinara um pré-contrato com o Paris Saint-Germain. A informação, divulgada na sexta pelo presidente José Alberto Guerreiro, foi confirmada pelo advogado Sérgio Neves, representante do craque.
Na entrevista ao jornal Zero Hora na quinta-feira, Ronaldinho disse que seus representantes avisaram o Grêmio em dezembro. “Mas já na primeira reunião (no dia 13) havíamos dado a entender que existia o pré-contrato. Não podem dizer que foram apanhados de surpresa”, diz Neves.
Na tarde de sexta, o advogado descobriu que o passe de Ronaldinho não está fixado em R$ 84 milhões na Federação Gaúcha, conforme o Grêmio divulgou na semana passada. Segundo Neves, só está registrado o valor da proposta salarial apresentada pelo clube. Logo, diz o advogado, a juíza Antônia Loguércio não disporia de base para fixar através de liminar uma multa de R$ 84 milhões caso Ronaldinho pretenda atuar em outro clube.
“A juíza não determinou qualquer valor de multa”, esclarece Homero Bellini Jr., vice-jurídico do Grêmio. “Ela apenas determinou que o Grêmio seja indenizado com base na legislação. Basta Ronaldinho pagá-lo para estar livre. O valor é calculado a partir da proposta salarial feita pelo clube.”