Rio - Dois dias depois da derrota para o Botafogo, no Maracanã, o técnico Zagallo descobriu que poderia ter escalado o atacante Edílson. Expulso na partida contra o Bangu, pela quarta rodada, por ter tirado a camisa na comemoração de seu gol, o terceiro do Flamengo na vitória por 3 a 2, o atacante tinha sido julgado e absolvido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação na sexta-feira. Mas não avisaram ao técnico e nem ao jogador.
Edílson foi liberado do treino de sábado e não participou do jogo em que o time perdeu a sua invencibilidade no Estadual. Nesta terça-feira, a diretoria e o técnico Zagallo tinham outro discurso: “Zagallo foi avisado mas preferiu poupar Edílson porque o jogo não valia nada”, disse Walter Oaquim.
O técnico usou um discurso mais estranho: “É claro que eles me avisaram. Eu é que não falei com Edílson. Vamos falar de coisas boas. Olhem lá um gato no campo”.
O próprio Edílson, no entanto se encarregou de desfazer o teatro. “Não me disseram nada. Não joguei contra o Botafogo porque achava que estava suspenso. Se soubesse que tinha sido absolvido teria pedido para jogar”.