Rio – Nesta quinta-feira, nas balizas de Flamengo e Vasco, estarão goleiros com características bem semelhantes. Os dois foram formados nas divisões de base de seus clubes, possuem grande identificação com suas torcidas, atravessam grandes momentos.
O rubro-negro Júlio César não esconde a enorme admiração pelo vascaíno Helton. No entanto, manda um recado bem claro: está invicto no duelo com o adversário e pretende manter a escrita no clássico de amanhã, que vale uma vaga nas semifinais da Taça Guanabara.
Os encontros entre Helton e Júlio César começaram nas divisões de base. O difícil era prever que, quando se enfrentassem já como profissionais de seus clubes, os dois já teriam se tornado sérios candidatos a ídolos de duas grandes torcidas. “Nós dois vivemos um grande momento. Não tenho vergonha alguma de dizer: hoje, o goleiro em melhor momento no futebol brasileiro é Helton”, afirmou Júlio César, que, no entanto, faz questão de ressaltar que também se sente no auge da forma. “Mas eu estou logo atrás. Estou na cola dele”.
Júlio César vê várias semelhanças entre a sua trajetória e a do atual goleiro do Vasco. “Nós dois começamos na base e, com isso, criamos uma identificação com a camisa que vestimos. Eu vejo muito Helton jogar. Observo o seu estilo e tento tirar coisas positivas para mim”, admitiu.
Para o dono da camisa 1 do Flamengo, seu estilo tem muitos traços que lembram o goleiro do Vasco. “Semelhanças? Para começar, nós dois somos magros demais (risos). Falando sério, isso é bom: o fato de sermos magros, nos faz ficar bem ágeis. Tanto nas jogadas sob o travessão quanto nas saídas de bola”, disse Júlio César.
O goleiro tem bem vivos na memória todos os confrontos contra Helton. E chega a uma feliz conclusão para a torcida do Flamengo: venceu todos os confrontos contra o rival vascaíno. “Enfrentei Helton pela primeira vez em 95, quando nós dois éramos da categoria juvenil. O Flamengo venceu por 1 a 0 e foi campeão estadual. Depois, ganhou por 2 a 1, pela Taça Rio, num jogo disputado em Vassouras. Ficamos um tempo sem nos encontrar, já que subimos muito rapidamente para os profissionais e ficamos na reserva. No ano passado, voltamos a jogar um clássico e o Flamengo ganhou por 4 a 0. Como vêem, nos jogos contra Helton eu estou bem”, disse.