Rio - Ninguém tem mais títulos do que Donizete no elenco alvinegro. O atacante tem seis títulos no currículo – dois deles pelo Botafogo – e quer aumentar a coleção de faixas e pôsteres de campeão. Para o primeiro jogo das finais do Torneio Rio-São Paulo, hoje, às 21h40min, no Maracanã, Donizete não promete gols; apenas empenho e luta. A julgar pelo desempenho do Pantera em decisões, é suficiente. Afora as frustrantes decisões de Mundial Interclubes pelo Cruzeiro e Vasco e o Mundial de Clubes da Fifa, Donizete garante ter um bom histórico.
“ Gosto de jogos decisivos em momentos difíceis. Sempre que me deparei com uma dificuldade na minha vida, me dediquei ainda mais para superá-la. E transferi isso para o meu trabalho. Desde pequeno, foi assim”, contou Donizete, que perdeu o pai aos 16 anos e desde então, vendeu picolé, foi garçom e tomou conta de carro – Aprendi cedo o que era responsabilidade.
Às vésperas de mais uma decisão para a carreira, Donizete guarda uma explicação simples para o bom desempenho nas finais. O atacante garante que são jogos mais emocionais, onde se sobressai a vontade. Para Donizete, se atuações ruins são volta e meia inevitáveis, jogos sem vontade não tem explicação.
“Num jogo normal, os torcedores esperam goleadas, jogadas bonitas ou de efeito. Numa decisão, eles só querem que o time lute, tenha raça e garra e, se possível, que ganhe. Isso acontecerá sempre comigo. “
Prestes a entrar em campo para mais uma decisão, Donizete mostra-se confiante na conquista do seu terceiro título pelo Botafogo: esteve na campanha do bi carioca em 90 e no Brasileiro de 95. Pelo Guadalajara, venceu o Mexicano em 94; conquistou o Paulista de 97 com o Corinthians e ganhou a Libertadores de 98 e o Rio-São Paulo de 99 com o Vasco.