Rio - O Botafogo luta esta noite para acabar com uma incômoda marca que vem atormentando os times cariocas nos últimos dois anos: a de não levar vantagem na hora de decidir no Maracanã. Desde 1999, os quatro grandes do estado disputaram sete partidas decisivas no maior estádio do mundo e em quatro delas o resultado favoreceu as equipes visitantes.
Apenas o Flamengo no primeiro jogo da Mercosul contra o Palmeiras, em 99, e o Vasco no Rio-São Paulo do mesmo ano e na Copa JH de 2000 fizeram bonito. Uma vitória alvinegra hoje não só ajudará a mudar este quadro, como deixará o clube bem perto de seu quinto título do Torneio Rio-São Paulo, igualando-se a Palmeiras e Santos, recordistas de conquistas na competição.
As explicações para este fenômeno são várias. Vão desde a grandeza do Maracanã até o insano calendário do futebol brasileiro. “ A pressão da torcida sobre adversário e arbitragem é muito menor no Rio do que em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo. Ela fica longe do campo, o que faz do Maracanã um estádio neutro”, disse o técnico do Vasco, Joel Santana.
Para o experiente Zagallo, técnico do Flamengo, o excesso de jogos, muitos deles em horários inadequados, afugentam a torcida e diminuem a influência do fator campo. “ As dificuldades financeiras fazem com que o torcedor não vá mais ao estádio como antigamente. A pressão fica menor e como os times são muito iguais, a vitória pode ser tanto do time da casa como do visitante”, analisou.