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Leão assume papel de cartola nos EUA
Sexta-feira, 02 Março de 2001, 09h29
Atualizada: Sexta-feira, 02 Março de 2001, 09h37

Porto Alegre - Os dirigentes ficaram de fora da primeira excursão da nova Seleção Brasileira, que chegou hoje a Los Angeles (EUA). O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, preferiu não acompanhar o time e não indicou outro dirigente para a missão.

Com isso, quem manda são o técnico Émerson Leão e o supervisor Antônio Lopes. Os dois contam com o apoio de funcionários da Nike.

Enquanto Romário e Ronaldinho eram os mais procurados para autógrafos e entrevistas, Leão e Lopes se esforçavam para resolver problemas de última hora.

Leão só dirigiu o time na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, pelas Eliminatórias. Ontem, na chegada a Los Angeles, onde a seleção joga sábado contra os EUA, às 18h (horário de Brasília, e não às 13h, como informou a programação oficial da CBF enviada aos principais jornais do país) no estádio Rose Bowl, Leão estava de mau humor. Não apenas pelas 20 horas de vôo de São Paulo até Los Angeles (foi preciso trocar de aeronave em Dallas, com atraso de uma hora), mas principalmente pelos problemas de calendário com os times europeus. De acordo com o treinador, somente a adoção de um calendário único, elaborado pela Fifa em todo o mundo, poderia acabar com os problemas enfrentados pelas seleções junto aos grandes clubes europeus. Até antes do treino na Universidade da Califórnia do Sul, três jogadores ainda não haviam se juntado à delegação: Cafu (Roma), Roque Júnior (Milan) e Robert (Santos), este último porque o seu passaporte havia vencido. Vampeta (PSG), Silvinho (Arsenal) e Christian (PSG) estão em Los Angeles desde ontem. Para Leão, dividir a delegação em pequenos grupos é prejudicial ao seu trabalho.

Leão não poderá contar na partida de sábado com Rivaldo (Barcelona) e Roberto Carlos (Real Madrid), que só se juntarão à delegação no México, para onde a seleção embarca domingo. Os dois foram convocados para evitar uma crise maior com os clubes italianos, que não entendiam o motivo de apenas seus jogadores terem sido chamados para os amistosos. Na quarta-feira, o Brasil joga contra o México, que levou 2 a 0 dos EUA pelas Eliminatórias da Concacaf.

Agência RBS


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