São Paulo - Pior do que a eliminação foi a queda diante do Coritiba sem ter sido superior em nenhum momento. Por isso, os jogadores deixaram o gramado do Couto Pereira como se fossem velocistas. Apenas Gavião, que voltou ao time ontem, tentou explicar a derrota.
”Concedemos espaços e não conseguimos segurar o Coritiba. Fica difícil se reorganizar desse jeito”, resumiu.
Outros jogadores, porém, foram breves. Mauro Galvão, sempre solícito, parou para falar, mas disse o óbvio:
”Perdemos o jogo e estamos fora.”
Com a voz castigada, o técnico Tite ainda enxergou uma melhora no time no segundo tempo, embora a equipe tenha escapado de uma derrota ainda mais vexatória nos últimos 25 minutos. Tite lamentou os erros do primeiro tempo. Na sua avaliação, o Grêmio se submeteu à marcação imposta na saída de bola, mas depois, mesmo desfalcado de Gabriel, expulso aos dois minutos, a equipe equilibrou a partida.
”Conseguimos isso porque melhoramos a nossa atitude”, explicou.
A lesão que Warley sofreu no ombro e acabou por retirá-lo de campo foi mais grave do que se imaginava. Deverá ficar 15 dias afastado e sua presença no Gre-Nal do dia 25 de março está ameaçada. Tite admitiu a necessidade da contratação de um outro atacante. mas evitou o assunto.
”Seria oportunista se falasse de reforços neste momento”, justificou.
O presidente José Alberto Guerreiro confirmou informação publicada segunda-feira por Zero Hora e disse que o meia Zinho, capitão da equipe, aceitou uma redução de salário. Os novos valores ficam bem abaixo dos R$ 200 mil pagos desde janeiro de 2000, quando o jogador foi trazido do Palmeiras, indicado pelo então técnico Émerson Leão.
”Nem foi preciso fazer uma proposta de redução”, afirmou Guerreiro. “O Zinho é um jogador de consciência e sabe o futebol brasileiro mudou.”
Pelo acordo, o meia também poderá deixar o clube tão logo surja uma proposta que ele considere mais vantajosa. Na semana passada, rejeitou oferta do São Caetano de R$ 1,2 milhão por um contrato até dezembro.