Rio - Depois de uma semana servindo à seleção do Paraguai, que atuou pelas Eliminatórias da Copa, Gamarra reforça neste domingo o Flamengo, no clássico contra o Botafogo, no Maracanã, às 17h, sob a expectativa de pôr um ponto final na seqüência de quatro gols sofridos pela zaga nas duas últimas derrotas. Todos após jogadas aéreas.
Gamarra tem apenas 1,79m de altura, mas com ele o Flamengo sofreu cinco gols em sete jogos; sem ele, quatro em dois.
Relativamente baixo para a posição, Gamarra entra em campo no lugar do alto Fernando com a missão de anular Taílson, exímio cabeceador e principal artilheiro do Botafogo. O paraguaio reconhece as virtudes do adversário, autor do gol da vitória sobre o Flamengo no primeiro turno.
"Taílson é um atacante que sabe finalizar, é bom cabeceador e tem ótima noção de colocação. Temos de ter cuidado e saber parará-lo", afirmou o quarto-zagueiro paraguaio.
Experiente, Gamarra afirma que os problemas atravessados pela defesa durante sua ausência são facilmente corrigíveis. Para o paraguaio, basta uma conversa para melhorar a colocação para evitar os gols em jogadas de bola parada. Antes do treino de sexta-feira, a equipe se reuniu para uma conversa de mais de 30 minutos no vestiário com a intenção de corrigir erros dos últimos jogos.
"A marcação tem de começar na frente. Não podemos deixar que os adversários cheguem às laterais para os cruzamentos. Se isso acontecer, eu e Juan teremos de ter a colocação bem acertada", comentou Gamarra.
De volta à equipe depois de ajudar o Paraguai a derrotar por 1 a 0 o Uruguai, em Montevidéu, tempo em que o Flamengo perdeu duas vezes, deu adeus à liderança da Taça Rio e caiu para a quinta posição na classificação do returno, Gamarra vê o clássico com otimismo. "Não há nada melhor do que uma vitória num clássico regional para superar um momento difícil. As dúvidas diminuirão com uma vitória sobre o Botafogo neste domingo. E é sempre bom voltar num jogo decisivo", afirmou o paraguaio.