Florianópolis - À iminente chegada da equipe australiana, completa, para seu primeiro treino na quadra central do estádio montado na Avenida Beira-Mar Norte para a Copa Davis, mulherada alerta. Os australianos chegam. E, com eles, Patrick Rafter, conhecido como o jogador mais bonito do circuito mundial de tênis. Alvo dos olhares e motivo de suspiros femininos, Rafter caminha simpático em direção à fisioterapeuta Mariângela Pinheiro e a cumprimenta com dois beijinhos na bochecha.
“Ele está com medo da torcida, pediu que eu controlasse a galera para ele”, contou Mariângela.
A fisioterapeuta de Gustavo Kuerten e, agora, também do francês Jerome Golmard, conheceu Pat Rafter em Miami, durante o último Master Series. Ao vê-la em Florianópolis, o australiano reconheceu-a: “Você aqui de novo”, disse, matando de inveja as várias fãs confessas de Rafter presentes ontem ao estádio da Copa Davis. “Não tem como não se apaixonar”, comentou a assessora de imprensa de Guga, Diana Gabanyi, revelando ter sentido até aquele famoso friozinho na barriga ao ver Rafter passar ao seu lado.
Mas ver o treino pode. Talvez querendo ganhar a torcida (pelo menos a feminina) - ou só amenizar o calor de 30 graus que fez ontem ao meio-dia - Rafter bateu bola sem camisa, exibindo seus atributos físicos, dispostos em 1,85m de altura e 86 quilos. “Prefiro acreditar que elas vêm em mim mais do que a minha aparência”, disse o moreno, em recente entrevista. Claro. Meninas como a garota Ethienne Garcia Oleiniscki, de 15 anos - que ontem ligou para a redação do DC perguntando o horário de treino dos australianos -, sabem reconhecer também o grande jogador que Rafter é. “Quero vê-lo por que ele é o melhor”, disse Ethienne. “E um gato também, claro”.
De família grande, Rafter nasceu em Mont Isa, no estado australiano de Queensland, e mora em Pembroke, Bermuda. Tem 28 anos, 10 títulos na carreira e US$ 9,6 milhões ganhos em premiação. É um tenista de movimentos perfeitos que dão continuidade aos golpes, de gestos elegantes dentro da quadra (com exceção do escorregão de ter jogado a raquete no chão na semifinal de Miami, em que perdeu para Andre Agassi) e doações generosas a instituições de caridade. “Ele é o típico homem australiano”, afirmou Dave Stewart, diretor da tevê australiana Network Sport, ao dizer que Rafter é apenas um “cara médio” na Austrália.(KS).