Rio - Quando entrar em campo nesta quarta-feira, às 21h40min (de Brasília), para enfrentar o ABC, pela Copa do Brasil, o Flamengo terá um novo líder. Ele chegou a ficar marcado como um jogador indisciplinado. No entanto, bastaram dois episódios para que Beto fizesse despontar sua nova faceta: a de pacificador. Beto não hesita ao dizer que ajudou a aparar arestas entre o baiano Edílson e o iugoslavo Petkovic:
“Hoje dá para ver que os dois conversam mais. Eu cheguei perto de cada um deles e procurei falar o que eu pensava, procurei ajudar. Sou bem-aceito pelos demais jogadores”.
A reintegração de Iranildo também teve a influência de Beto. “Foi Beto quem pediu para eu aceitar Iranildo de volta”, disse o vice de futebol, Walter Oaquim. “Disse a Iranildo que não adiantava falar qualquer coisa antes de ter uma negociação resolvida. Se ele se queimasse no Flamengo, poderia até ter ficado sem clube para trabalhar. Disse ao pessoal que ele nos criticara de cabeça quente e ficou tudo certo novamente”, explicou Beto.
O próprio Beto admite viver uma nova fase na carreira: “Descobri que podia ser muito mais útil ao grupo. Zagallo sempre dizia que minha influência era boa, pedia para eu conversar mais com os jogadores. Gamarra comentava que eu corria muito e, por isso, podia cobrar dos demais companheiros”.
Para o meia, o estilo alegre e brincalhão ajuda na hora de solucionar questões delicadas. “No início da temporada, senti o ambiente pesado. Acho que, com o meu jeito de agir, brincando, ajudei a melhorar as coisas”, disse.