Porto Alegre - Não houve acordo entre o Grêmio e Ronaldinho na audiência realizada na manhã desta sexta-feira, na 26ª Vara do Trabalho. Desta maneira, permanece valendo a liminar concedida pela juíza Mara Loguércio, que obriga o tricolor a ser ressarcido pela quantia de R$ 84 milhões caso o craque jogue por outra equipe. Uma nova audiência está marcada para o dia 18 de maio, quando a juíza apreciará o mérito.
O advogado de Ronaldinho, Sérgio Neves, entende que, de posse de toda a documentação entregue na manhã de hoje, a juíza na 26ª Vara do Trabalho terá os subsídios necessários para avaliar o caso mais detalhadamente e concordará em cassar a liminar, liberando Ronaldinho para atuar em Paris. No entanto, Neves não descarta a idéia de entrar com um mandado de segurança para derrubar a liminar. Só que tal medida deverá ser feita antes do dia 18 de maio, pois, após apreciado o mérito, este recurso não será mais válido.
Homero Bellini Jr., advogado do Grêmio, considerou satisfatória a audiência, e aposta que o veredicto permanecerá favorável ao tricolor. Bellini se apóia no depoimento controverso feito por Ronaldinho nesta sexta. O jogador declarou em julgamento que assinou um pré-contrato com o Paris Saint-Germain no final do ano passado, e que Grêmio recebeu uma cópia. O jogador, no entanto, não soube indicar para quem foi entregue o documento, e também quem entregou. Na realidade, Ronaldinho está impedido de apresentar cópias do documento, devido a uma cláusula penal presente no mesmo. Para Bellini, tal fato depõe a favor do Grêmio, pois o clube apresentou propostas para Ronaldinho, sem saber que o jogador já havia assinado o pré-contrato.