Rio de Janeiro - Na quarta colocação com 13 pontos, o
Flamengo continua na briga pela conquista da Taça Rio. Mas para não deixar
escapar a oportunidade de vencer o returno do Estadual e, assim, ficar com o
tricampeonato, a equipe terá de passar pelo Madureira, neste sábado, às 16h,
em Moça Bonita.
A situação rubro-negra na competição pode melhorar desde que
o Fluminense não supere o Botafogo no clássico deste domingo, e o Americano
tropece contra o Volta Redonda, em Campos. Outro concorrente, o Vasco,
jogará pela Copa Libertadores contra o Deportivo Táchira, da Venezuela.
A convocação para a Seleção Brasileira, anunciada pelo técnico
Emerson Leão nesta sexta-feira, deixou, em particular, dois jogadores com
motivação extra para este confronto: o zagueiro Juan e o atacante Edílson. O
primeiro vive a expectativa de servir à Seleção pela primeira vez, ao
contrário do seu companheiro, que já defendeu o país em várias oportunidades
e, agora, poderá ter uma nova oportunidade na equipe titular na partida
contra o Peru, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Os dois
estão confirmados contra o Madureira.
Sem poder contar com o zagueiro Gamarra, que foi liberado para
defender o Paraguai contra o Equador, também pelas Eliminatórias, o técnico
Zagallo já optou pela entrada de Fernando. Esta será a única alteração na
equipe para encarar o Tricolor Suburbano. Com 12 gols, o artilheiro do
campeonato, Edílson, quer aumentar ainda a mais a vantagem para os
concorrentes diretos.
No Madureira, o técnico Renato Gaúcho enfrentará pela primeira vez o
seu ex-time na nova função. O ex-jogador conheceu bem os dois lados
envolvendo o Rubro-Negro. Ora conquistando, ora tirando títulos do
adversário, como aconteceu em 1995, quando fez o famoso gol de barriga, que
deu ao Fluminense o título estadual depois de dez anos, contra o
arqui-rival. Para esta partida, o treinador não contará com o zagueiro
Alexandre, expulso contra o Botafogo. O atacante Valdeir está recuperado de
uma contratura muscular na coxa direita, mas ainda é dúvida.
Após a polêmica a respeito do local desta partida, os dirigentes dos
dois clubes chegaram a um acordo e optaram por disputá-lo em Moça Bonita.
Durante toda a semana, o América protestou, uma vez que o confronto estava
marcado para Édson Passos. Mas a Federação do Rio de Janeiro, presidida por
Eduardo Viana, mudou o compromisso para o estádio do Botafogo, sem dar
explicações. Como a defesa civíl vetou a utilização do estádio do Botafogo,
a partida acabou transferida para Bangu. As faixas da torcida americana em
repúdio a Viana, na última partida do América pela Taça Rio, podem ser o
motivo da mudança.