Rio - O momento delicado vivido pelo Flamengo, às vésperas de decisões em duas competições, moldou a reação dos dirigentes do clube aos casos de indisciplina de ontem. Preocupado com o caso de Beto, o presidente Edmundo dos Santos Silva ligou para o jogador para esclarecer o episódio. “Não vou tomar decisões agora. É um assunto interno, que a diretoria vai analisar”, disse Edmundo, através de sua assessoria.
O vice-presidente de futebol, Walter Oaquim, não disfarçam a contrariedade. “Só vou dizer uma coisa. Eles vão ter que correr o dobro e suar o dobro para ganhar o jogo”, disse, referindo-se tanto a Beto quanto a Edílson. “Eles devem ter feito isso tentando nos igualar com o Vasco, que pode perder o Romário”.
O dirigente, em seguida, seguiu o exemplo de Edmundo e preferiu adiar declarações sobre punições aos jogadores. “O que for feito será bem pensado. Não podemos marcar um gol contra às vésperas de duas decisões. O momento do Flamengo é delicado. Eu não estava no embarque. Portanto, não sei exatamente o que houve. Vou conversar com a comissão técnica”.
O supervisor José Chimello, que acompanhou todo o episódio, também não quis falar. “Conversei com o Beto. O importante é que ele treinou normalmente à tarde, junto com o grupo. Não gostaria de comentar os dois casos publicamente. Vou passar para o vice-presidente de futebol. É ele quem decide em um caso como este”, disse Chimello.