Rio - O presidente do Vasco, Eurico Miranda, disse que não está se importando com a convocação da Seleção para a Copa das Confederações, mas vai cobrar bons jogadores nas Eliminatórias.

"Não há como reunir jogadores no domingo e esperar que eles joguem bem na quarta-feira. O técnico Leão deve priorizar os bons jogadores para a competição principal, que são as Eliminatórias. Eu já disse que só irei ceder jogadores do Vasco oito dias antes das Eliminatórias, antes disso, não conte com ninguém do meu time", disse.

Eurico também se mostrou revoltado com o que chamou de "prepotência infundada" de Leão. "Quem é ele para dizer que não negocia? O treinador deve parar de achar que é o Sr. Onipotente e lembrar que participa de uma comissão técnica, presidida pelo dirigente, que é quem manda. A prepotência, ainda mais sem fundamentos, pode levar à derrota", criticou.

Em relação às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Nike e do Futebol, o presidente do Vasco tem opiniões bem distintas. "A CPI da Nike foi uma boa coisa que, com certeza irá gerar resultados e propostas enriquecedoras para o esporte. Já a do Futebol, é uma piada, totalmente pautada e criada pela Rede Globo. Para vocês terem idéia do tamanho da falcatrua, é só ver que eles não pediram provas ao Banco Central, Receita Federal, nem mesmo a mim. Qualquer investigação concreta e séria iria desmoralizar essa CPI, eles querem é espetáculo", ressaltou.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também foi alvo de críticas. Segundo Eurico, ele é "dependente e temeroso em relação à Rede Globo, logo, não pode fazer um bom trabalho". "A Rede Globo faz como os aliciadores nas drogas; vai dando o produto e, quando a pessoa está totalmente dependente, o preço dobra e as condições ficam mais difíceis. O Ricardo Teixeira é como eles: dependente e temeroso da Globo, morre de medo do que eles falam e podem fazer contra ele", afirmou o presidente do Vasco.

Quanto à fama de corajoso, o vascaíno diz que isso é coisa do passado. "Vendo as coisas que faço chego à conclusão de que meu negócio não é nem mais coragem, já entra na raia da maluquice", concluiu.

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