São Paulo - Fazer gols nunca foi uma característica de Alexandre, volante do São Paulo. Isso tanto é verdade, que por ser um excelente marcador, o jogador ganhou de seus companheiros de clube o apelido de Rotweiller, o cão pegador. Mas para a segunda partida, contra o Grêmio pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, quarta-feira, no Morumbi, Alexandre promete apresentar um futebol um pouco mais ofensivo para tentar fazer pelo menos um gol. Tamanha confiança porque o único gol do jogador, em 137 partidas disputadas com a camisa do São Paulo, foi contra o Grêmio, no Estádio Olímpico, na Copa do Brasil de 1998, e o Tricolor paulista despachou o seu rival da competição.
Mesmo tendo acontecido há mais de três anos, o gol ainda está fresquinho na cabeça de Alexandre. “Fiz uma tabela com o Fabiano e, na intermediária, soltei o pé. Acho que estava uns 28 metros do gol e a bola entrou no ângulo do Danrlei. Na hora fiquei até bobo. Não dá para esquecer, pois é único gol que fiz aqui”, brinca o volante, que chegou ao clube na temporada de 1997.
O jogador está vivendo uma expectativa muito grande, pois com a implantação do esquema 3-5-2, ficará mais solto para atacar. “Vou ter liberdade para subir ao ataque e irei começar a arriscar mais. Quem sabe o meu próximo gol não é novamente contra o Grêmio. E o mais importante, o da classificação”, diz Alexandre.
Outro jogador do São Paulo que leva sorte contra a equipe gaúcha é Rogério Ceni. O goleiro balançou as redes pela primeira vez na carreira na Copa Conmebol de 1994, em uma disputa por pênaltis contra o Grêmio. E na Copa João Havelange, fez outro gol batendo falta. “Deixa o França fazer os gols. Ele já deve ter feito mais gols contra o Grêmio do que eu e o Alexandre juntos”, brinca, só que a brincadeira é verdade. Com o gol do último jogo, França já fez quatro vezes contra o Grêmio. Ceni e Alexandre, só três.