Rio - Mais uma vez o Flamengo deixou escapar a chance de uma vitória, que parecia em suas mãos. Depois de ter perdido o clássico para o Vasco, no domingo passado, sofrendo dois gols provenientes de bola parada, a equipe rubro-negra teve novamente este dissabor. Desta vez, o gol sofrido para o Coritiba, após uma cobrança de falta, custou caro e o time foi eliminado da Copa do Brasil, no Maracanã, com o empate de 1 a 1.
O técnico Zagallo teve de dar muitas explicações pela derrota. Mas o lamento maior foi pelo fato de ver a sua equipe sair de campo sem um resultado favorável, justamente com a jogada que vem trazendo tormento ao Rubro-negro. “É difícil você explicar o porquê de tomarmos tantos gols de bola parada. O que eu posso dizer é que dói muito você ser desclassificado dessa forma e de uma competição tão importante como a Copa do Brasil”.
Sobre as vaias da torcida, que ficou irritada com a apatia do Flamengo, principalmente após o gol sofrido, Zagallo se diz tranqüilo, mesmo tendo ouvido da arquibancada o coro de "burro": “Isso faz parte do futebol. A torcida do Flamengo é maravilhosa e eu a entendo pelo motivo das vaias porque é muito difícil de ela assimilar uma derrota dentro de casa”.
Mas não só a torcida como os jogadores rubro-negros terão de assimilar rapidamente a eliminação na Copa do Brasil, pois o clássico do próximo domingo valerá o título do Estadual e, além disso, vai pôr em jogo todo o trabalho desempenhado por Zagallo desde que chegou ao clube, no ano passado. E o treinador já discursa no sentido de motivar o grupo para a partida: “Nós vamos ter de fazer um trabalho para este jogo, até porque o Vasco é um adversário completamente diferente do Coritiba. A rivalidade entre as duas equipes é tão grande que, mesmo com o resultado adverso, a torcida comemorou como nunca o gol do Boca Juniors contra o Vasco”.
Para esta partida, existe a possibilidade de a geral ser reaberta. O vice de futebol do clube, Walter Oaquim, disse que já fez o pedido ao governador Anthony Garotinho: “É um absurdo o Maracanã ficar sem geral. É a exclusão social do povo mais humilde. Acredito que o nosso governador seja uma pessoa com sensibilidade, pois foi na sua administração que a geral foi reaberta. Espero que no jogo de domingo a gente possa contar com este setor, que é o espaço mais democrático do estádio”.