Rio - Nos tempos de Guarani, os dérbis contra a Ponte Preta eram os momentos mais especiais dos jogadores bugrinos, inclusive do goleiro Gléguer. Agora, atuando pelo Corinthians, ele pode ter de enfrentar mais uma decisão com a Macaca.
Se o titular Maurício, que pediu para sair no segundo tempo do jogo de domingo, não for liberado pelos médicos, Gléguer é quem vai a campo parar a Macaca.
"A rivalidade ficou na época do Guarani. Hoje, não tenho mais nada com a Ponte Preta e o meu rival, como o de qualquer corintiano, é o Palmeiras", afirma o goleiro.
Gléguer pode buscar no seu retrospecto contra a Ponte uma motivação a mais para a partida. Em cinco confrontos, foram três vitórias, um empate e uma derrota (pelo Corinthians, no início do Paulistão). "Naquele jogo (a derrota de 3 a 1), a torcida da Ponte pegou muito no meu pé, já que fazia pouco tempo que eu tinha saído do Guarani".
Luxemburgo só vai definir o time na quarta-feira, pouco antes do jogo, mas sabe que pode contar com Gléguer, autor de três defesas importantíssimas na primeira partida semifinal. "Ele entrou muito bem e jogou com confiança e muita personalidade", elogia o técnico.
Contratado no início do ano, indicação do ex-técnico Darío Pereyra, Gléguer jogou só dez partidas das 31 que o Corinthians fez na temporada, sofrendo 14 gols. "Aquele era um outro momento. Agora, as coisas estão dando certo para todo mundo aqui", acredita Gléguer, que não cansa de exaltar o trabalho de Cantarele, preparador de goleiros do Timão.
Sua última partida completa foi no dia 9 de maio, quando o Timão venceu o Flamengo-PI, pela Copa do Brasil, por 3 a 0. De lá para cá, Gléguer entrou duas vezes no segundo tempo: na final do Paulistão, contra o Botafogo, e no último domingo, contra a Ponte Preta. "Mostrei que não existe isso de falta de ritmo. Entrei e dei conta do recado. O goleiro precisa estar sempre 100%, preparado para jogar", diz.