Porto Alegre - Um pedido dos dirigentes do Internacional levou o técnico Carlos Alberto Parreira a adotar um vocabulário mais discreto na questão dos reforços. Agora, quando perguntado sobre o assunto, o próprio Parreira se encarrega de corrigir os repórteres e, como os dirigentes, responde que o Inter não busca reforços, e sim equilibrar o elenco.
“A tentativa de equilibrar o elenco não está fácil. Depois da venda do Rochemback para o Barcelona, os clubes estão pedindo fortunas por qualquer jogador. É preciso ter paciência”, repetiu o técnico esta manhã, no terceiro dia de trabalho no clube.
Ao ser contratado, ele havia dito que o clube deveria trazer um craque de renome internacional, para motivar a torcida. Desconhecia o estilo discreto da direção, que está empenhada numa cruzada cultural - modificar o perfil apaixonado do torcedor colorado. "Reforço", ele não fala mais. "De impacto", então, nem pensar.
A busca pelo equilíbrio da equipe que ficou em quarto lugar no Gauchão continuará amanhã em Belo Horizonte, onde o presidente Fernando Miranda poderá fazer uma proposta por Kléber, Marcos Paulo e Jackson, do Cruzeiro.