Rio - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse na segunda-feira a amigos que o técnico Luiz Felipe Scolari, o escolhido para substituir Leão, terá de convocar um time de bandidos, ou seja, de jogadores com personalidade para suportar a pressão e a violência no jogo contra o Uruguai, dia 1º de julho, em Montevidéu, pelas eliminatórias da Copa.
Para jogar no Uruguai esse time tem de ser de bandidos. Não podemos abrir mão de jogadores de talento como Rivaldo e Romário, mas lá é preciso gente de personalidade porque é uma guerra.
Ricardo Teixeira irá a Belo Horizonte hoje de manhã negociar com Felipão e com o Cruzeiro. A tendência é que a CBF abra mão da exigência de exclusividade e Scolari continue dirigindo o time mineiro e a Seleção. Essa mesma imposição de exclusividade e o medo de sofrer conseqüências das CPIs que estavam para ser instauradas no futebol brasileiro impediram que Scolari substituísse Vanderlei Luxemburgo em outubro do ano passado.
Outra decisão que Ricardo Teixeira comentou com amigos foi a de assumir diretamente o controle da comissão técnica, como fez em 1993, com Parreira como treinador e Zagallo como coordenador. Isso pode provocar outra mudança na cúpula da equipe: o coordenador técnico Antônio Lopes pode ganhar um presente de grego na data de seu aniversário. Com o presidente da CBF à frente da comissão técnica, para que um coordenador? Mesmo que ele fique, Lopes estará esvaziado.