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Seleção ‘vovô’ de Felipão mostra falta de talentos
Domingo, 17 Junho de 2001, 14h52
Atualizada: Domingo, 17 Junho de 2001, 14h53

Associated Press

Rio - Se o grupo convocado quarta-feira por Luiz Felipe Scolari chegar ao Mundial-2002, a média de idade será de 27,8 anos, a maior entre todas as Seleções Brasileiras que disputaram o torneio, desde 1938. Nas duas últimas Copas, aliás, a média também foi alta - 27,4 -, o que também ajuda a mostrar que o futebol brasileiro tem encontrado dificuldades em se renovar desde meados da década passada.

Mas os números não seriam suficientes para sustentar a tese de que o Brasil já não produz craques com facilidade. Para reforçá-la, vale ressaltar que desde o fim da Copa de 1998 foram convocados para a Seleção 158 jogadores diferentes, dos quais 67 estreantes. Como se vê na lista de Felipão, quase nenhum deles parece ter vingado.

''O Scolari convocou, na sua avaliação, os melhores, o que mostra que a esperança ainda está nos jogadores mais velhos, e o que de certa forma ainda é preocupante. Creio que está havendo apenas renovação de bons jogadores, mas nenhum de primeira linha, de gente que tenha condições de ser titular da Seleção. Para se ter uma idéia, a Argentina, um país muito menor do que o nosso e com um número muito inferior de clubes, vem revelando um jogador atrás do outro. O Riquelme, por exemplo, é reserva lá e poderia muito bem ser titular do Brasil. Seguindo esse caminho, vamos ter um time ainda pior em 2006'', alerta Tostão, campeão mundial em 1970.

Ao apresentar-se como novo técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari deu a entender que os veteranos continuarão ocupando as 11 vagas de titulares. O treinador decretou o fim da fase de testes pós-Copa 98, levada adiante por Wanderley Luxemburgo e Emerson Leão, e que deixou raros resultados práticos.

Na lista apresentada quarta-feira por Felipe estão 11 jogadores que incorporaram-se à Seleção depois do Mundial da França: Marcos, Beletti, Lúcio, Roque Júnior, Cris, Serginho, Fábio Rochembach, Giovanni, Alex, Ewerthon e Euller. De todos, no entanto, apenas o meia Alex convenceu - atuou 21 vezes e marcou sete gols -, embora também ainda sofra restrições. Cris e Giovanni nunca jogaram pela equipe principal; Marcos, Belletti e Ewerthon só fizeram uma partida cada com a camisa amarela; os demais, não completaram 10 jogos: Euller (4), Fábio Rochembach (5), Roque Júnior (7), Lúcio e Serginho (9). De todos, apenas Roque Júnior e Ewerthon têm chances de serem titulares.

De acordo com os conceitos de Felipão, a Seleção deve enfrentar o Uruguai dia 1° de julho, em Montevidéu, com três campeões mundiais em 1994 - Cafu, Mauro Silva e Romário, cujas idades somadas chegam a 99 anos.

''Hoje só há um jogador capaz de pôr medo nos zagueiros adversários, que é o Romário. O resto é tudo igual, apenas medianos. Por isso, o melhor que o Luiz Felipe fez foi convocar os mais velhos. Em Copa o que prevalece é a técnica, independentemente da idade do jogador. Quanto à forma física, basta que o jogador se cuide bem'', ressalta Nílton Santos, bicampeão mundial em 1962, com 37 anos de idade.

Nílton é de uma época em que o futebol brasileiro produzia de fato craques com fartura. Do grupo bi mundial em 1958 e 1962 apenas um jogador, Pelé, participou da campanha do tri, oito anos mais tarde. O Brasil foi campeão no Chile com uma equipe repleta de veteranos. A média de idade era de 27,4. Só Nílton Santos contava 37 anos.

Mas entre a Copa da Suécia e a do México, surgiram craques como Carlos Alberto Torres, Wilson Piazza, Clodoaldo, Gérson, Rivelino, Paulo César Lima, Jairzinho e Tostão, para ficar só nesses.

Foi em 70, aliás, que a Seleção apresentou a menor média de idade em toda a sua história em Mundiais - de 24,7 anos. A CBF e a Fifa não possuem o registro das datas de nascimento dos jogadores que disputaram as Copas de 30 e 34.

Apenas oito dos campeões de 70 chegaram ao Mundial de 74, na Alemanha. Iniciava-se, naquela Copa, o período denominado entressafra, que ainda sustentou-se, ao longo dos três Mundiais seguintes, em raros talentos como os de Júnior, Toninho Cerezo, Falcão, Zico, Sócrates e Reinaldo, e que veio resumir-se, de 1998 para cá, em Romário, Rivaldo e Ronaldinho - os três chegaram a receber da Fifa o título de melhor do mundo.

JB OnLine


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